
Segundo a tribu dos Boshongo da África central, no início só había obscuridade, água e o grande deus Bumba. Um dia, Bumba, nunha dor de estômago, vomitou o Sol. Transcorrido um tempo, o Sol secou parte da água e deixou ao descoberto terra firme, mas Bumba todavía padecía a dor e vomitou mais cousas: a Lua, as estrelas e algúns animais: o leopardo, o cocodrilo, a tartaruga e, finalmente, o home. Os maias de México e América Central falan de unha época semelhante antes da criaçón, quando tudo o que existía era o mar, o céu e “El Hacedor”. Na lenda maia, o Hacedor, entristecido porque ninguém o adoraba, criou a terra, as montanhas, as árbores e a maioría de animais. Mas, como os animais non podíam falar, decidíu criar os humanos. Primeiro fixo-os de barro, mas so decíam cousas sem sentido. Deixou que se desfixéram e intentou de novo, fazendo-os agora de madeira, mas essa xente era muito torpe. Decidíu destruílos, mas escaparom para a selva, sufrindo sucessivos danos ao largo da sua carreira, transformando-se em macacos. Depois deste fracaso, El Hacedor finalmente encontrou a fórmula que funcionou, e construíu os primeiros humanos com milho verde, branco e amarelo. Actualmente fazemos etanol com milho verde, mas ainda non conseguímos repetir o fito de El Hacedor, de construir xente que o beba. Mitos da criaçón como estes intentam dar resposta às perguntas que nos formulamos neste libro. ¿Por qué existe um universo e por qué o universo é como é? A nossa capacidade de tratar tais questóns foi crescendo ao largo dos séculos, desde os antigos gregos e de maneira mais profunda no último século. Pertrechados com as bases proporcionadas polos capítulos anteriores, estamos em disposiçón de oferecer unha possíbel resposta a estas perguntas. Unha cousa que resultou evidente incluso em tempos muito primitivos foi que, ou bem o universo é unha criaçón muito recente, ou bem os humanos só existirom durante um pequeno lápso de tempo na história do universo. Isto é assim, porque a espécie humana foi melhorando (ou empiorando), de forma tán rápida em conhecimentos e tecnoloxía que, se a xente tivéra estádo aquí durante milhóns de anos, a nossa espécie estaría muito mais avanzada nas suas destrezas e conhecimentos (isto, sempre que os avances foram num sentido positivo, cousa que está bem lonxe de ser assim).
STEPHEN HAWKING E LEONARD MLODINOW