
O segundo dos grandes eixos temáticos será constituído pola noçón de presença, começando pela voz como presença do “logos” na consciência. Com a sua desconstruçao, em lugar da presença o que aparecerá é a antecipaçón e o atraso, a “différance”, non sendo a presença, mas sim a ausência diferida e/ou diferente. O que se denunciará é o conceito metafísico de verdade (interpretando-se esta como desvelamento ou como adequaçón de um enunciado e unha representaçón), que entende a verdade como a presença do presente. Sob a reescrita da diferença, o “presente da presença” ficará entregue ao tempo, tán despoxado de orixem como exposto ao acontecimento, ao movimento do diferir, que espaça o tempo e temporaliza o espaço. O nome próprio e a assinatura, o fálico e o desexo, o testemunho e o arquivo, a fé e o gozo, e como estes muitos outros serán os modos em que o tema da presença se diversifica no trabalho de Derrida, que entende a escrita como non presença radical do suxeito, obra de morte e promessa de ressurreiçón. E toda a ética se reconhecerá entón como sustentada pela presença do outro. A esse respeito, cabe destacar: “Dar o Tempo” (Donner le Temps, 1991) e “Mal de Arquivo. Unha Invençón Freudiana” (Mal d’Archive, 1995). Derrida dirá que toda a ética será reconhecida como suportada pela presença do outro, embora, entendendo o seu presente como unha ausência diferida. O próprio sintagma, “presença do outro”, indica-nos xá claramente a coimplicaçón dos dous grandes eixos temáticos, que se remetem mutuamente ao longo do seu trabalho. De modo similar a como no espaço fenomenolóxico “presença e consciência” se solicitam de modo recíproco, as diversas tematizaçóns com as quais a sua escrita se vai enfrentando sustentar-se-án sobre um continuado vaivém que vai da “différance” à alteridade e vice-versa.
MIGUEL MOREY

