
Tambem chamado “Libre dels tres Reys d’Orient”. Este poema, conservado xunto com a “Vida de Santa María Egipciaca” num manuscrípto do Escorial, foi publicado por Don Pedro José Pidal em 1841. Consta de 242 versos agrupados em pareados. Vinha sendo titulado “Libre dels tres Reys d’0rient, a pesar de que apenas se ocupa da adoraçón dos Reis Magos, somente mencionada nuns versos do início; o seu asunto está constituido por diversos episódios da infância de Jesús, tomados em parte dos Evanxelhos apócrifos. (…) Ao regressar os reis ao Oriente sem dar conta a Herodes, este ordena degolar aos nenos recêm nascidos, e a Sagrada Família escapa para o Exípto, pasaxe que constituie a parte central do poema; durante a viáxe, a Sagrada Família é apressada por bandidos, um dos quais quere dar morte ao Neno, mas outro o salva e convida os fuxitivos a passar a noite na sua cova. O filho deste piadoso bandoleiro, doênte de lépra, cura-se ao banhar-se na mesma àgua de Jesús, e, andando o tempo, virá a ser Dimas, o “bom ladrón” que será crucificado à dereita de Cristo no Calvário, mentras que o filho do bandoleiro que quixo matar o menino, Gestas, será crucificado à sua esquerda. Ainda muito antes da sua publicaçón, vinha-se insistindo em que o “Libro de la infancia y muerte de Jesús”, procedía de um texto françês ou provençal; assim o afirmou Milá y Fontanals, e o repetíu Menéndez y Pelayo e, à sua zaga, todos quantos mencionam o poema até aos nossos dias. Afirmou-se assim mesmo, como proba, que o título está em catalán, e Pérez Bayer, o famoso erudicto do século XVIII, dixo (sem ter visto o poema, evidentemente) que estava composto em “Lemosín”. Tudo isto conducia a situar o “Libro de la infancia y muerte de Jesús” dentro da corrente xeral da influênça françêsa
J. L. ALBORG