
Dissemos que para popper o cientista verdadeiramente honesto é aquele que procura falsificar, e non confirmar, as suas próprias leis e teorias. Terá de ser sempre esta a actitude ética fundamental da ciência. Como concepçón da investigaçón científica parece completamente contraintuitiva e, de facto, assim é. Afinal, o comum, tanto entre leigos como entre os próprios cientistas profissionais, é pensar que unha hipótese xeral ou unha teoria pode ser “confirmada” (ou verificada, como também se diz) polos factos descobertos. Assim por exemplo, é usual ler nos manuais de Astronomia que a descoberta do planeta Neptuno confirmou de forma “definitiva” a teoria da gravitaçón de Newton. Para Popper, isso non existe. O que essas decobertas positivas implicam é apenas o que denomina unha “corroboraçón” da hipótese ou teoria em questón. O termo “corroboraçón” tem um significado muito menos forte que “verificaçón” ou “confirmaçón”. Significa apenas que, de momento, a teoria se “salvou”, passou um primeiro exame. Mas o chumbo espreita sempre ao virar da esquina. A qualquer momento, perante a verificaçón de um novo facto, a teoria mais bem corroborada do mundo pode revelar-se simplesmente falsa. Nenhuma teoria ou lei xeral, se for verdadeiramente científica pode ser verificada, precisamente porque é unha afirmaçón de xeneralidade irrestricta sobre o universo, e qualquer número de casos positivos da lei, por maior que sexa, será sempre finito, e, portanto, insuficiente para garantir a sua veracidade fora de toda a dúvida. É este o lema fundamental da “falsificabilidade” popperiana. E isto significa que nunca teremos “xustificaçón” para acreditar na “veracidade” de unha teoria ou lei xeral, apesar de podermos ter xustificaçón para acreditar na sua “falsidade”, graças ao “modus tollens”. Porém, muitos autores antes de Popper, tanto filósofos como cientistas, defenderam que há um método para xustificar a nossa confiança nas leis xerais: o chamado “método inductivo” ou, simplesmente, “induçón”. Mas, muitos alegaram que o método característico das ciências empíricas, contrariamente à lóxica e à matemática, que som puramente deductivas, é precisamente a “induçón” como procedimento para inferir verdades xerais de um certo número de factos particulares. Este ponto de vista é tipicamente ilustrado por Francis Bacon, que pode ser considerado o ideólogo por excelência da ciência moderna que emerxe no século XVII: para el, a “induçón” representaba a chave máxica do verdadeiro conhecimento (xeral) sobre a natureza. E o próprio Newton, algunhas xeraçóns depois, assenta como unha das regras fundamentais da investigaçón científica o seguinte: “Na filosofia experimental (assim se chamaba entón o que hoxe denominámos física) debemos procurar proposiçóns que se infiram por induçón xeral a partir dos fenómenos de maneira exactamente verdadeira ou muito próxima da verdade, apesar de qualquer hipótese contrária que se possa imaxinar.”
C. ULISES MOULINES