
A ORIXEM DA ORDEM MENTAL E A REGRESSÓN AD INFINITUM
Outra obxecçón de Hume, diz respeito à capacidade da mente para explicar a ordem do mundo material. Com base no argumento do desígnio, os teístas explicam a ordem e o arranxo do mundo material por intermédio de unha mente divina que outorga ordem a esse mundo. Mas, para Hume, esta soluçón é insatisfactória. Por um lado, a ordem do mundo mental carece de xustificaçón, tanto quanto a ordem do mundo material; por outro, se, para explicar a ordem do mundo material, remontamos ao mundo mental, por que razón paramos aí? E, se onde paramos é completamente arbitrário, por que razón vamos tán lonxe? Non sería melhor ficarmo-nos polo mundo material? Afinal, esse mundo parece tán capaz de conter em sí a orixem da ordem, quanto o mundo mental ou ideal. “Como poderemos, entón, satisfazermo-nos em relaçón à causa daquele Ser que supondes ser o Autor da natureza ou, segundo o vosso sistema antropomórfico, o mundo ideal, ao qual fazeis remontar o mundo material? Non temos razóns idênticas para fazer remontar este mundo ideal a outro mundo ideal ou um novo princípio intelixente? Mas se paramos e non avançamos mais, por que razón ir tán lonxe? Por que non parar no mundo material? Como podemos dar-nos por satisfeitos sem prosseguir “in infinitum”? E, no fim de contas, que satisfaçón existe nessa progressón infinita? Relembremos a história do filósofo Indiano e do seu elefante. A nada se aplica melhor do que ao tema actual. Se o mundo material se apoia num mundo ideal similar, este mundo ideal debe apoiar-se nalgum outro, e assim por diante, infinitamente. Sería melhor, portanto, nunca olhar para além do mundo material actual. Ao supor que contém em sí mesmo o princípio da sua ordem, afirmamos que é de facto Deus e quanto mais cedo chegarmos a esse Ser divino tanto melhor.”
DAVID HUME (DIÁLOGOS SOBRE A RELIXIÓN NATURAL)






















