Arquivos diarios: 22/03/2022

HUME (CRÍTICA AO ARGUMENTO DO DESÍGNIO) (7)

A ORIXEM DA ORDEM MENTAL E A REGRESSÓN AD INFINITUM

Outra obxecçón de Hume, diz respeito à capacidade da mente para explicar a ordem do mundo material. Com base no argumento do desígnio, os teístas explicam a ordem e o arranxo do mundo material por intermédio de unha mente divina que outorga ordem a esse mundo. Mas, para Hume, esta soluçón é insatisfactória. Por um lado, a ordem do mundo mental carece de xustificaçón, tanto quanto a ordem do mundo material; por outro, se, para explicar a ordem do mundo material, remontamos ao mundo mental, por que razón paramos aí? E, se onde paramos é completamente arbitrário, por que razón vamos tán lonxe? Non sería melhor ficarmo-nos polo mundo material? Afinal, esse mundo parece tán capaz de conter em sí a orixem da ordem, quanto o mundo mental ou ideal. “Como poderemos, entón, satisfazermo-nos em relaçón à causa daquele Ser que supondes ser o Autor da natureza ou, segundo o vosso sistema antropomórfico, o mundo ideal, ao qual fazeis remontar o mundo material? Non temos razóns idênticas para fazer remontar este mundo ideal a outro mundo ideal ou um novo princípio intelixente? Mas se paramos e non avançamos mais, por que razón ir tán lonxe? Por que non parar no mundo material? Como podemos dar-nos por satisfeitos sem prosseguir “in infinitum”? E, no fim de contas, que satisfaçón existe nessa progressón infinita? Relembremos a história do filósofo Indiano e do seu elefante. A nada se aplica melhor do que ao tema actual. Se o mundo material se apoia num mundo ideal similar, este mundo ideal debe apoiar-se nalgum outro, e assim por diante, infinitamente. Sería melhor, portanto, nunca olhar para além do mundo material actual. Ao supor que contém em sí mesmo o princípio da sua ordem, afirmamos que é de facto Deus e quanto mais cedo chegarmos a esse Ser divino tanto melhor.”

DAVID HUME (DIÁLOGOS SOBRE A RELIXIÓN NATURAL)

PASSEIOS PARA UNHA TARDE DE SÁBADO (MONTERREI DE VERÍN E CHAVES)

Da dureza da vida arcaica galega, ós restos da civilizaçón romana de Chaves.

O clima e o aspecto de Monterrei, resultam de unha dureza, que xá non é muito frequênte nos nossos tempos.

Aquí, a seiscentos metros de altitude, num soleado dia de princípios de Marçal, o frío e o desamparo alcanzam unha dimensón real.

Um, sente a necessidade urxente de calor, de lenha e de lareira. Xá non digamos, de caldo, de chourizos e de ráxo sobre as brasas.

Parece ser, que até há pouco tempo, neste duro e vistoso lugar, vivia xente. Pois existem vivendas particulares dentro do castéla amuralhado.

Este ninho de àguias, este Guilhade, transporta-nos para unha sensaçón de tempos duros, aumentada por um vento xeládo que cala os ossos e endura as carnes.

A panorâmica, abarca léguas, sobre o campo das redondezas.

Ao baixar, a temperatura normaliza-se completamente, e unha sensaçón de conforto invade o corpo.

Baixamos, para unha cidade, importânte, fermosa e com bastânte povoaçón polas ruas. O seu passado está muito presente, e nota-se em tudo, maiormentemente na sua arquitectura, e no culto à beleza.

Mas, ainda non consigo perceber, que lhe fixérom, ó pavimento da ponte que alberga os miliários de Nerva Traiano? Será, que lhe comerom um anáco? Pois, parece que encolherom, desde a minha anterior visita.

Acaso, subirom o chán da ponte?

Fomos comer no “Carbalho”, que, segundo os françêses é o melhor da cidade.

A sopa. é sempre o mais saudábel, para reconfortar o estômago, sobre tudo no inverno.

Sável de vinagreta, muito bem elaborado, foi o melhor prato désta paparoca.

Lampreia à maneira de Bordeux, estava excessivamente avinhada, o qual matava todo o sabor, e resultaba bastante ácida.

Manga laminada e Leite-Crême.

A cidade é bonita e está bastânte bem cuidada.

As frutas tropicais aquí em Portugal, tenhem um gráu de sabor e madurês superlativo, somênte comparábel ao café.

LÉRIA CULTURAL