Arquivos diarios: 07/03/2022

MANUEL DOMÍNGUEZ BENAVIDES

(Pontareas, Pontevedra, nasceu em1895 e morreu em México, 1947) Um dos grandes da literatura social durante a Segunda República Espanhola. Como xornalista colaborou no semanário “Estampa” e nos diários “El Liberal” e “Ahora”. Destacou como escritor da novela-crónica, muito próxima ao xornalismo, e à reportáxe novelada. Em 1933 publica “Un hombre de treinta años. Novela de la revolución española”. Foi no ano seguinte que apareceu a sua obra mais famosa, “El último pirata del Mediterráneo”, pouco antes da Revoluçón das Astúrias, da qual foi firme partidário, e que lhe custou primeiro a prisón e logo o exílo em Frânça, onde escrebeu “La revolución fue así (Octubre rojo y negro)” (1935). Durante a Guerra Civil, foi comisário da frota republicana. Em 1937 apareceu a sua obra “El crimen de España (Nuestra guerra)”. Ao acabar a contenda, parte novamente para o exílo , desta vez em México. Alí, retoma a sua faceta de novelista com “Luz sobre España”, uns novos “episódios nacionales” à maneira galdosiana. De essa série, que iría constar de quince volûmes, chegou a publicar-se “Los nuevos profetas” (1942), “La escuadra la mandan los cabos” (1944) e “Guerra y revolución en Cataluña” (1946). Póstumamente, e nesta mesma editorial, apareceu “Soy del 5º Regimiento (Primer libro de Madrid)” (2014). Foi um activo militante socialista durante a maior parte da sua vida.

Em Novembro de 1933, o contrabandista e financeiro Juan March, preso pola Comisión de Responsabilidades do Goberno da República desde Xunho do ano anterior, escapou-se da prisón, deixando em ridículo às autoridades republicanas. Com o escándalo dessa fuga, arranca “El último pirata del Mediterráneo”, biografía novelada do banqueiro mallorquín e feroz alegato político, publicada em 1934. Convertido em dono e senhor da vida política espanhola (o mesmo comprava xornais que escritores ou ministros), Juan March fixo tudo o possíbel por impedir a difusón do libro no qual, pesse a non aparecer o seu verdadeiro nome, punham-se ao descoberto todas as suas corruptelas e inclúso a sua presunta participaçón num críme, nunca de todo aclarado. Non puido, non obstânte, impedir, que antes da guerra se esgotáram quinze ediçóns. A versón definitiva do libro, apareceu em 1937 e nela as personáxes e infra-personáxes desta crónica apaixoânte, perderom o transparente “alias”, com que Manuel D. Benavides tratou de protexer-se das acusaçóns de libelo, non tivo polo contrário apenas difusón. Essa ediçón correxída e aumentada non tinha sido reeditada até hoxe. Publicou-se enriquecida com o prólogo do autor e da ediçón soviética de 1953 e baixo unha impactânte autobiografía, pezas âmbas desconhecidas para o leitor espanhol.

LÉRIA CULTURAL