Arquivos diarios: 06/03/2022

HUME (OS CONTEÚDOS MENTAIS)

Como alcançar este obxectivo? O elemento fundamental é estudar em primeiro lugar o que há na nossa mente, tal como um astrónomo se interessa em determinar os planetas que componhem o sistema solar. Hume teorizará que nada está xamais presente na mente a non ser as suas percepçóns, e que estas som de dous tipos diferêntes, que denomina, respectivamente de “impressóns” e “ideias” (a diferença consiste nos distintos graus de força e vivacidade que possuem). Como escrebe o filósofo escocês: Ás percepçóns que entram com maior força e violência podemos chamar-lhes “impressóns”, e incluio sob este nome todas as nossas sensaçóns, paixóns e emoçóns, conforme fazem a sua primeira apariçón na alma. Por “ideias” entendo as imaxes débeis daquelas quando pensamos e raciocinamos. É preciso ter em conta que esta terminoloxia é própria de Hume e bastante diferente do uso quotidiano destes termos. Para nós, unha percepçón é aquilo que vemos quando temos os olhos abertos. Por outro lado, para o nosso autor, “percepçón” é tudo o que está na mente e, conforme esses conteúdos mentais sexam fortes ou débeis, seram chamados “impressóns” ou “ideias”. Assim, estar apaixonado ou furioso é, para Hume, ter unha “impressón”, e recordar que na minha adolescência tive um grande amor é unha “ideia”. Também deveríamos ter em conta que a afirmaçón de que as “ideias” som “imaxens débeis” das impressóns non debe entender-se literalmente. Unha “impressón” pode ser unha imaxem (por exemplo, a de um quadro), e a “ideia” correspondente (quando recordar esse quadro que contemplei em determinado museu) será também unha imaxem. Mas unha pessoa pode ter a imaxem de um desexo ou de unha dor que experimentou em algum momento? Aparentemente non, o que non retira validade ao princípio mencionado, o “princípio da cópia”. Ao fim e ao cabo, é bastante evidente que recordar ter sofrido unha dor é unha experiência menos vivida do que a orixinal na sua primeira manifestaçón.

GERARDO LÓPEZ SASTRE