Arquivos diarios: 01/03/2022

PASSEIOS PARA UNHA TARDE DE SÁBADO (AMARANTE)

Graças aos alcaides democráticos modernos, e às suas arquitecturas do analfabetismo, a beleza de Amarante está muito limitada ao centro histórico da cidade.

A sua dívida para com Felipe II é grande. Resulta um lugar cheio de romântismo, que tem que ser admirada desde certos ângulos determinados, mas sempre por perto da ponte.

Só com unha parsimónia, lenta, silênciosa, de demorado fluir, se pode disfrutar o concentrado encanto deste lugar.

Um certo abandono morno, quase um “Nirwana” de carácter literário, paira sobre estes lugares fermosos.

A “Confeitaria da Ponte”. é gastronómicamente falando, um dos encantos da cidade.

Comer no “Zé da Calçada”, é unha longa tradiçón nacional. O estabelecimento é bom, mas necessita unha intervençón guiáda por organismos competentes nesta matéria.

Primeiro, unha respeitosa intervençón arquitectónica do edifício, sobre tudo na marquíse sobre o rio Tâmega.

Segundo, as instalaçóns sanitárias, non estám à altura da categoría que deberia ter o estabelecimento.

A “Crême de Camarao”, foi o prato mais perfeito, e o seu sabor característico é excelente.

O “Bacalhau à Zé da Calçada”, estava bem feito, ainda que a matéria prima talvez non fosse a melhor do mercado.

O “Tornedó de Vitela”, non era muito bom, a carne era dura e difícil de mastigar. Eu, pessoalmente, non gosto de comer carne nos restaurantes portuguêses, pois, desconfio que poida ser carne brasileira, e que non cumpra as normas alimentárias europeias.

A sobremesa estava deliciosa, era um “Abáde de Príscos” camuflado de “Pudim-Caseiro”.

Pedimos às auroridades turísticas portuguêsas, que non deixem o património nas máns de empresários modernos, e salvem o “Zé da Calçada”, e também este magnífico café, para que fiquem polo menos à altura da “Confeitaria da Ponte”.

Com eses três estabelecimentos em boas condiçóns, quase estaría solucionada a situaçón turísticas da cidade. Sempre pensando que o accéso dos populares sexa viábel a estes luxos.

Amarante pouco mais necessitaría, para satisfazer os seus amântes.

E, Felipe II, deitado na sua tumba, esboçaría um leve e impercéptíbel sorriso de satisfaçón.

LÉRIA CULTURAL