
Unha vez garantída a proteçón da liberdade pessoal, preocupar-se-án com o facto de todos terem igualdade de oportunidades para levarem a cabo a vida que desexarem, polo menos que ninguém parta com priviléxios decisivos para ultrapassar os outros na corrida pola competiçón social, ou sexa, para chegar aos cargos sociais mais relevantes e limitados. Além de igualdade de oportunidades, também ván querer estar a salvo das penúrias da pobreza para o caso de descobrirem, ao retirarem o “véu”, que som eles os pobres. Inicialmente, talvez pensem que os recursos económicos se deviam distribuir sempre com igualdade, e non apenas no início do périplo vital. Dessa forma, assegurar-se-iam de que ninguém está melhor do que os outros em nenhum caso. Contudo segundo Rawls, os indivíduos apercebem-se rapidamente que há unha opçón melhor para os seus próprios interesses: permitir que os mais talentosos obtenham mais lucros se isso contribuir para que os que ganham menos sexam menos pobres do que seriam em condiçóns de igualdade económica. Afinal de contas, unha pessoa egoísta prefere sempre ter mais recursos económicos do que menos, independentemente do que os outros tenham, a non ser que sexa invexosa, além de racional. Mas a invexa, afirma Rawls, non debia fundar unha teoría da xustiça e, portanto, o “véu de ignorância” cobre também, oportunamente, os invexosos, para que a invexa non afete a escolha dos princípios de xustiça. Poder-se-ia pensar que nem todas as pessoas som tán prudentes e que muitas preferirám arriscar, por exemplo, favorecendo princípios que deem mais vantáxens aos ricos. Como na lotaria, talvez algunhas pessoas optem por apostar tudo no número vencedor se o prémio for realmente apetecíbel (por exemplo, ser multimilionário e non apenas ter um salário um pouco melhor do que os outros). Muitos estaríam dispostos a arriscar sem se preocuparem muito com as consequências de perderem. Porém, Rawls acredita que, nunha escolha vital como a dos princípios de xustiça que orientarám permanentemente as instituiçóns sociais, os amantes do risco, moderar-se-án para assegurarem, como os outros, que non sofrerám os piores efeitos de serem os mais desfavorecidos depois de se despoxarem do “véu de ignorância”. Rawls assume que a racionalidade dos membros da “posiçón orixinal” non inclui aspectos psicolóxicos particulares sobre como se enfrentam os riscos. Há, no entanto, unha questón que non debia passar desapercebida: porque é que os membros da “posiçón orixinal”, que desconhecem quem som de um modo particular, pensam, porém, que os talentosos ván pôr os seus talentos a trabalhar “apenas” se ganharem mais do que os outros?
ÁNGEL PUYOL