GALLEIRA (21)

Nas marinhas, afirma o P. Sobreira: “som os castros de duas columbres (corpos), em todas as montanhas som de unha, em Sanles de quatro e mais, em Trasdeza de um coto e um curuto (cumbre) situados em baixo, contra a lei de todos os demais”. Tenha-se por exacta esta observaçón, mas só no essêncial se pode aceitar por completo. Nunha mesma rexíon, em frente uns dos outros, encontrá-mo-los de diferentes corpos. E non há que extranhar; a sua forma dependia da importância e extensón da fortificaçón, melhor ainda das condiçóns da colina na qual se construía. Por isso non pode assinalár-se a cabida das coroas, nem a altura do monumento. Grandes ou pequenos, de um ou mais corpos, estes monumentos venhem a ser unha colina natural ou artificial, a cuxa cûme se ascende por um caminho em espiral e em cima que aparece plana, puido emprazar-se unha poboaçón, ou aloxar-se certo número de combatentes. Chamase-lhe “Castros ou Crátos”, ainda que estes últimos poucas vezes e em algunhas comarcas “Croas” polas plataformas circulares em que terminam. O caminho que a estas últimas conduce é, como xá queda indicado, em forma de espiral, sem parapeto unhas vezes e à maneira de unha sinxéla rampa: outras, tenhem defendidos estes caminhos com muralhas ou parapetos de terra. A cima ou “Croa”, aparece polo xeral ao descoberto e em fartas ocasións circuído por um grosso muro de terra, alto e com declíve cara ó centro do Castro. Acreditasse que estes som os mais antigos, pois existem outros em que a muralha é de pedra, da altura de unha pica, afirma Castellá, descrebendo o Castro Lupário. O da Arreten (Padrón) conserva os restos da muralha, tería sído como de meio metro de grossor com argamassa. O denominado Castro Valente, que franqueia o río Ulla, antes de desembocar na ría de Cesures, resulta mais curioso ainda, ao atopar-se em ruínas o principal da sua fortificaçón. O que permanece em pé, está composto por pequenos bloques, algúns aproveitados sobre o terreno, que os oferece em abundância, e em ocasíons por “láxes” medianas postas de plano unhas sobre as outras, sem terra nem enlace algum; o qual leva a pensar se non sería cousa posterior. Ainda que farto maltratado polo tempo, que non permite sequér reconstruir a rampa por onde se ascendia, pode-se adivinhar, polo nome que alberga e pola extensón da sua “Croa” que terá perto de um quarto de légua, a importância que tivo que ter noutros tempos. O chán é desigual e em declíve para o Sudoeste, non presentando como outros menos curiosos, unha superfície por completo horizontal, mas em câmbio por toda a sua extensón encontram-se esparcidas grandes rochas naturais, algunhas com estanques, e assim mesmo unha fileira de pedras cravádas, como de um metro de alto, que se a miramos como um alinhamento, ou se non, podería ser arriscado, dar unha opinión sobre o seu destino, que significam naquelas solidóns? Non som estas circunstâncias as que lhe dán maior notoriedade, senón os extensos e desiguais restos do seu muro, no qual e de distância em distância, se abrem algunhas portas, unhas mais importântes que as outras, mas todas indicando o cuidado que se puxo em fortificalo convenientemente. Unha tán só apresenta as pedras trabalhadas; mas todas elas ao desmoronar-se, verterom sobre os campos os restos dos cubos que guarneciam a muralha, deixando aperceber que uns eram quadrangulares e outros redondos, estes últimos polo estilo, ainda que de pedra, dos que apresentam algunhas fortalezas da Gália. Os quadrados encontram-se todos na parte mais notábel da fortificaçón, e os redondos na que parece mais antiga.

MANUEL MURGUÍA

Deixar un comentario