Arquivos diarios: 06/09/2021

BERGSON (A CONVERSÓN ESPIRITUALISTA)

Félix Ravaisson, muito admirado por Bergson, assistíu a aulas de Schelling em Munique e levou para França parte desse impulso, revitalizando assim um espiritualismo adormecido. Ravaisson apadrinhou unha linha minoritária conhecida como “positivismo (ou realismo) espiritualista” que alcançaria o seu auge em Bergson, após passar pelos seus professores Lachelier e Boutroux. Face à soberba conveniente de outros espiritualistas, estes autores caracterizam-se por “manchar as máns” de ciência a fim de arrebatar ao “inimigo materialista” as suas armas. Lonxe de representar unha “queda” no nada, a matéria é usada polo espírito como um acelerador dos seus processos criadores. Mais: o verdadeiro emerxir do espírito no mundo só pode ser encontrado vendo de perto o mundo natural. No seu seio non se encontra xá a cega necessidade, mas a “continxência”, noçón que reivindicam como um facto orixinário e non como o resultado de unha complexidade mecânica. Ou se coloca a liberdade desde o princípio ou non a conseguiremos entender. Neste sentido, no seu “Do Hábito”, Ravaisson escrebeu que “do mecânico non se pode passar ao vivo por via de composiçón; é a vida que dará a chave do mundo inorgânico”. Além de ser filósofo, Ravaisson foi conservador no Museu do Louvre. Aí restaurou, entre outras, a Vénus de Milo e a Victória de Samotrácia, devolvendo-as às suas actitudes orixinais a partir de um punhado de ruínas. O factor decisivo para entender a conversón “espiritualista” do xovem Bergson, no entanto, é o enorme potencial que ele vê no “suplemento de alma” que passa para o corpo para dotar as suas acçóns de alcance e eficácia. A consciência é vista por sí como unha reserva de acçón virtual que se manifesta na vontade. Unha alma alargada non só “tem mais mundo”, como também chega mais lonxe e atinxe com mais força, porque o esforço é o espaço de comunhón e transferência entre o sentido e o valor, a ideia e o corpo, o espírito e a matéria. Daí nasce a noçón metafísica de “intensidade” que Bergson defenderá na sua tese de doutoramento.

ANTONIO DOPAZO GALLEGO

A TEORÍA DE TUDO (F – 54)

O processo de renormalizaçón fai intervir magnitudes infinitas positivas e negativas, que se anulam mutuamente, de maneira que tras unha contabilidade matemática muito cuidadosa, os valores infinitos positivos e negativos que surxem na teoría, quase se anulam entre sí, deixando um pequeno residuo correspondente aos valores finitos observados da massa e da carga. Essas manipulaçóns podem parecer o tipo de cousas que nos fán obter mala nota nos exámes de matemáticas na escola, e a renormalizaçón é, em efeito, matematicamente discutíbel. Unha consequência resulta de que os valores para a massa e a carga dos electróns obtidos mediante esse método podem ser qualquer número finito. Isto tem a ventaxa de que os físicos podem escolher os infinitos negativos de tal maneira que dem a soluçón correcta, mas, apresenta o inconveniente de que a massa e a carga do electrón non podem ser predecídas pola teoría. Mas, unha vez que fixamos a massa e a carga do electrón, de tal maneira, podemos utilizar a “QED” para efectuar muitas outras predicçóns bastantes precísas, , todas as quais concordam com grande exactitude com as observaçóns, de maneira que a renormalizaçón, é um dos ingredientes essênciais da “QED”. Um dos triûnfos iniciais da “QED”, por exemplo, foi a predicçón correcta do chamado “desprazamento de Lamb”, unha minúscula variaçón na enerxía de um dos estados do átomo de hidroxénio, descoberta em1947. O êxito da renormalizaçón na “QED”, impulsou vários intentos de buscar teorías quânticas de campos, que descubriram as outras três forzas da natureza. Mas a divisón das forças naturais em quatro clásses, resulta probabelmente artificial, unha mera consequência da nossa falta de comprehenssón. Polo tanto, a xente começou a buscar unha “Teoría de Tudo” que unificára os quatro tipos de força em unha só lei, que fora compatíbel com a teoría quântica. O qual sería o Santo Grial da física. Um indício de que a unificaçón é o caminho correcto vem da “teoría das interacçóns débeis”. A “teoría quântica de campos” que descrébe a interacçón débil por sí só, non pode ser renormalizada, é dizer, os seus infinitos non podem ser anulados restando outros infinitos, para dar um número finito para magnitudes como a massa e a carga. Non obstânte, em 1967, Abdus Salam e Steven Weinberg, independentemente o um do outro, propuxerom unha teoría em que o electromagnetismo quedaba unificado com as interacçóns débeis e encontrárom que essa unificaçón evitába a praga dos infinitos. A força unificada denomína-se “força electrodébil”. E esta teoría pudo ser renormalizada e descubríu três novas partículas, denominadas W+, W- e Zº. Em 1973, forom comprobadas polo “CERN” de Xinebra evidências da partícula “Zº”. Salam e Weinberg, receberom o prémio Nobel de fÍsica em 1979, ainda que as partículas “W e Z” non forom observadas directamente até 1983.

STEPHEN HAWKING E LEONARD MLODINOW