LITERATURA CLÁSSICA GREGA (TEOGNIS DE MÉGARA)

Estes versos poderosos som claramnte obra de um poeta de Mégara, ainda que a maioría dos críticos están de acordo hoxe em que non podem ser de Teognis, que probabelmente era um contemporâneo de Solón, algo mais xovem que este; pode explicar-se fácilmente a sua inclusón nunha colecçón que de outra maneira parece estar limitada estrictamente a poetas da era arcaica: unha antoloxía que figuraba com o nome de Teognis de Mégara, era o lugar obvio para situálos. Os versos que están dirixidos a Cirno levam todos o selo de unha personalidade forte e especial. Non sabemos nada de el, excepto o que se nos conta nos poemas: que o seu nome era Teognis, e a sua cidade Mégara. A sua voz é a de um aristócrata amargado, um perdedor dentro dos cataclísmos sociais da Grecia arcaica, que alerta o seu amado Cirno contra a violencia e a vulgaridade dos estamentos inferiores e mais tarde, talvés xá no exílio, lamenta o seu estado de pobreza e clama vinganza. Podería-se encontrar um contexto adequado para este poeta, em quase qualquer cidade da era arcaica grega (no continente, Mégara, assim como Mégara Hiblea, a sua colonia em Sicília, à qual o vincúla Platón). Mas, hoxe, há um acordo o bastante xeral de que a sua cidade nái resulta a opçón mais probábel. Sofreu a finais do século VII a. C. o rexíme de um tirano especialmente vicioso, Teágenes, cuxo derrocamento foi seguido por muitas décadas de disturbios políticos; que acabarom pondo fim a unha democrácia, que ao parecer foi famosa polas suas medidas extremas contra os ricos, segundo nos conta Aristóteles, as suas confiscaçóns tinham levado ao exílio a tantos, que forom número suficiente como para voltar e restabelecer unha oligarquía. Teognis é o primeiro poeta da literatura grega em mostrar as preocupaçóns sobre a sorte que correrá a sua obra; de feito, anuncia que tomou medidas para a protexer: “Cirno, ao compor estes poemas para ti, quero por-lhes um selo, e nunca passará desapercibido o seu roubo, nem serán alterados por ninguém, estragando o que é bom; e todo o mundo dirá: “Estes versos som de Teognis de Mégara, famoso em todo o mundo”. Desafortunadamente, non sabemos que era esse “selo”; a simples mençón do nome do poeta apenas podía servir para protexer a integridade do seu texto, e incluso a mençón frequentemente repetida de Cirno, non sería unha barreira contra a interpolaçón. Talvés se confiou a algum templo unha cópia selada do poema; afirma-se que Heráclito de Éfeso depositou unha cópia do seu libro no templo de Ártemis dessa cidade. Fora como fora, o “selo”, foi claramente inútil. Desde que Wekker levou a cabo o primeiro intento sistemático de separar o grán da palha em 1826, seguirom as discussóns sobre o que do texto que nos chegou, sería realmente de Teognis. Um editor actual, limitando-se às sequências que contenhem o nome de Cirno e às que som citadas como obra de Teognis por autores do século IV a. C. (Platón e Aristóteles), publica 306 versos, e ainda afirma que a colecçón pode conter mais versos xenuínos, esta selecçón constitui um núcleo aceitábel. O texto tradicional inicia-se com quatro invocaçóns às divindades, duas dirixidas a Apolo, unha a Ártemis e outra às Musas e às Graças. Aristóteles identifica os versos dirixidos a Ártemis como obra de Teognis, bem poderiam ser o prólogo do libro orixinal, porque tenhem unha concissón e um toque de enxenho, característicos do melhor de Teognis.

P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)

Deixar un comentario