
Arrabal, Fernando (Melilla, 1932). Dramaturgo espanhol. Estudou dereito em Madrid, mas reside em Frânça desde 1954 e nesse país escrebeu a maior parte da sua obra. As suas peças teatrais reflexam a crueldade e a inocência, a violência e o mal, num intento por mostrar os vários tipos de moral que existem simultâneamente na sociedade. Arrabal reconhece a dívida que tem contraída com Beckett, mas Esslin (no seu “teatro do absurdo”, 1962) mostrou até que ponto o influênciou Dalí. Julliard publicou vários volûmes do seu “Théàtre”. O volûme I (1958) inclúie “Oraison”, “Les deux bourreaux”, “Fando et Lis” e “Le cimetière des voitures”; o volûme II (1961) “Guernica”, “Le labyrinthe”, “Le tricycle”, “Pique-nique en campagne” e “La bicyclette du condamné”; e o volûme III (1965), “le couronnement”, “Le grand cérémonial”, “Concert dans un oeuf” e “Cérémonie pour un noir assassiné”. Em “Orchestration théâtrale”, estreada em 1959, Arrabal intentou fazer unha obra sem diálogo, usando como vehículo expressivo as formas abstractas dos universos de Calders ou Miró. O seu gosto polo xadrez e outros xogos, levárom-no a escreber várias séries de obras dramáticas rituais como “L’architecte et L’Empereur d’Assyrie” (1967), para duas personáxes, brilhantemente representada por Jorge Lavelli em 1967. Também escrebeu “Baal Babylone” (París, 1959) e “L’enterrement de la sardine” (París, 1961). Em 1982 obtívo o Prémio Nadal, com a novela “La torre herida por el rayo”.
OXFORD