RAÍZ CRÍTICA – ETIMOLÓXICA – DESPIADADA (TORREIRO)

Igual, que todos os vaidosos, eu também quero aportar a minha modésta contribuiçón ao mar sem fundo da ignorância. Neste caso, trata-se de buscar a raíz etimolóxica da palabra “Torreiro”. Non é que queira abusar da minha abultada erudiçón, mas, vislûmbra-se aquí, unha bifurcaçón de duas raízes diferentes, e ínclúso outras mais antigas, que se perdem na poeira dos tempos. Torcer, da qual vem Tôrques, Torre, Torreiro e Terreiro. Das quais resultam duas vías diferentes: a primeira é Terreiro, tal como afirmam os portuguêses, unha eira de terra pisada ó redor da Torre. Torre, Terreiro, Torróns (de terra), Torrontês (que é da terra, do país). A segunda raíz é: Torreiro (lugar onde se Torra), Torrar (os cadáberes), Tostar, Torrefacto, Tórrido, Torresmo, Torrixa. O sentido é totalmente outro, e non me atrévo a assegurar que, Torreiro sexa o sentido verdadeiro históricamente falando. Pois, quando penso no culto funcionário do Concelho de Pontareas, que modificou o nome da minha nái de Erundina, para Dígna, porque a xente lhe chamaba Dina, acredito sincéramente que a ignorância é muito atrevida. Argumentarám vossas Senhorías que, é Terreiro, porque, normalmente o chán era de terra batída, mas, non sempre. Às vezes, eram feitos de laxêdos (algúns naturais), das pedregosas cimas das aldeias galegas, para conheitar e secar os frutos da terra ao sol do vrán. O Largo do Torreirinho, O Torreirinho do Trigo, O Torreiro do Paço e o definitivo e imprescindíbel Torreiro da Fésta. Tendo em conta que, o pobo é quem mais ordena, e quem melhor conserva as palabras arcaicas, no seu cérne. Torreiro, é a palabra que acompanha a todos os galegos, e que acolhe toda a maxía das reunións socias da aldeia. Torreiro podería vir do lugar ou eira, onde se torrabam as landras, para fazer o pán de belotas.

LÉRIA CULTURAL

Deixar un comentario