AS FONTES DA FILOSOFIA ESTOICA

Como xá dissemos, a história do estoicismo divide-se em três fases. As duas primeiras: -a antiga (século III a. C.), e a média (séculos II e I a. C.). Quase que non se conservam textos orixinais, e todo o nosso conhecimento está reducido às referências de autores posteriores. O lamentábel estado de conservaçón das testemunhas, aliás decissivo na explicaçón do actual esquecimento a que o estoicismo foi votado, foi, felizmente, atenuado por três circunstâncias favoráveis (se bem non para aqueles que as viveram, polo menos para a posteridade). Forom encontrados papiros em Herculano, cidade romana da rexión da Campânia (ao sul da península itálica) que, tal como Pompeios, ficou subterrada no ano 79 d. C., debaixo de cinzas, lama e lava provenientes da eupçón do Vesúvio, e que foi descoberta em 1738 durante unha escavaçón. Em segundo lugar, existem as citaçóns dos escritores posteriores (Plutarco, Galeno, Cícero, Dióxenes Laércio e muitos mais) que, muitas vezes, expôem as suas ideias estoicas sem as atribuírem a um autor em particular, dificultando, dessa maneira a compreensón da evoluçón orgânica do estoicismo e, polo contrário, favorecendo unha percepçón sincrónica, isto é, como unha doutrina unitária. Em terceiro lugar, contamos com as informaçóns indirectas, comentários breves e de passaxem, que non podemos considerar citaçóns literais, nem exposiçóns sérias, tanto nos autores mencionados como noutros. Este é todo o material de que dispomos para conhecer as ideias dos três primeiros séculos do estoicismo. Citemos Long para unha avaliaçón destes materiais: “Teria sido desexábel especificarmos as contribuiçóns dos diversos autores mas, em muitos casos, a tarefa revela-se impossíbel; é mais certeiro dizer-se (tal era o ponto de vista xeral estoico sobre a virtude) do que (Zenón assim o formulou) ou (o ponto de vista de Crisipo era o seguinte)”. Por conseguinte, o estoicismo antigo e médio non se pode especificar muito mais do que aquilo que apresentamos adiante, nomeadamente as linhas méstras da sua doutrina.

J. A. CARDONA

Deixar un comentario