
Em todo o caso, daquilo que resultar deste xogo non se obterá nada de que, em última instância, se possa dizer que sexa verdadeiro, porque, no hermenêutico, a verdade depende sempre mais do próprio manifestar-se do que do manifesto, que é sempre enganoso. Assim, para começar, também se pode reconhecer como verdade filosófica non isto ou aquilo, mas xustamente o próprio procedimento hermenêutico, que diferirá do lóxico, antes mencionado, por ter em conta essa complexa manifestaçón do ser acabada de expor. A unha verdade lóxica opor-se-á diametralmente unha verdade hermenêutica, cuxa pretensón de verdade residiria em non impor unha versón conceptual à cousa, mas em deixar que esta se manifeste fenomenolóxica e hermeneuticamente. Se a ontoloxia xeral, como sinónimo da filosofia, non deixou de ser unha lóxica e unha metafísica no sentido académico referido, para Heidegger, a ontoloxia fundamental terá de ser fenomenoloxia hermenêutica, que diferirá da ontoloxia como mera teoria ou lóxica do ser. Obviamente, isso non significa que essa “ontoloxia fenomenolóxica” non sexa também teoria – nesse caso, também non seria filosofia, mas mística, arte ou poesía -, mas, sim, que agora a teoria terá de fazer frente à sua própria possibilidade de falsificar o ser. Porque o que tem de ser descartado, tratando-se de Heidegger, por muito que isso tenha alimentado unha das suas fortes interpretaçóns, é que a sua “ontoloxia fundamental” só se interesse pola manifestaçón do ser “antes” de este aparecer. Simplesmente, “antes de aparecer” non há ser nem, consequentemente, forma de se referir a ele.
ARTURO LEYTE