
Aljamía (árabe: al-‘adjamiyya, “discurso de extranxeiros”. Termo que se aplicou orixinalmente à forma peculiar de latim corrompido utilizada polos mozárabes. Neste sentido menciona-se no Poema de Alfonso XI: “Diexieron los escuderos / sabedes bien la Arabia, / ¿sodes bien verdaderos / de tornarla en aljamía?”. Pouco despois xeneralizou-se o seu uso entre os mouros para designar o castelán, aceitaçón que se recolhe nos denominados poemas aljamiados, que som aqueles que están escriptos em castelán mas com caracteres ou peculiaridades árabes ou xudeos. Os “mudéjares” e os xudeos residentes na Espanha esquecerom pouco a pouco a sua fala materna para falar unicamente em castelán, mas em câmbio conservarom a escritura. Durante muito tempo pensou-se que o Poema de Yusuf do século XIV era o primeiro exemplo de literatura aljamiada, mas a maioria destes manuscritos clandestinos som do século XVI. El muftî de Segovia, ‘Isà Djâbir (em castelán Ice de Gebir) escrebeu o Kitâb segobiano (1462) para divulgar o islamismo em Espanha. Quase todos os manuscriptos que chegarom até nós escritos neste dialecto tinham fins missioneiros, como o conto de fadas La doncella Carcayona, cuxo tema é “non há mais Deus que Alá”. Somente se conhece o nome de um poeta aljamiado: o Mancebo de Arévalo, que escrebeu o Sumario de la relación y ejercicio espiritual, Tafsira, e Breve compendio de nuestra Santa Ley, esta última obra escrita em colaboraçón com Baray de Remingo, faquir de Aragón. Outro exemplo de literatura aljamiada é o Recontamiento del rey Alixandre, publicado em 1886. Trata dos feitos prodixiosos que lhe acontecerom a Alexandro o Grande. As suas fontes som tradicionais, e também de lendas gregas e persas.
OXFORD