ROUSSEAU (À MANEIRA COMUM DE PENSAR)

Tal foi o lema seguido por Diderot ao criar o “Google” da sua época, essa “Enciclopédia” para a qual Rousseau redixíu um sem-fim de entradas sobre música e onde publicou o seu interessantíssimo artigo “Economia política”. Como refere Jacques Proust, em “Diderot e a Enciclopédia”, os enciclopedistas som, por encima de tudo, sábios e técnicos libres da maioria dos entráves de um passado esclerótico e que, no seu âmbito próprio, están dispostos a impulsionar qualquer investigaçón e inovaçón tanto quanto for possíbel. “Assim, preparam as bases teóricas e técnicas da revoluçón industrial de princípio do século XIX.” No entanto, Diderot non teria auspiciado com a Enciclopédia apenas esta revoluçón industrial ou a própria Revoluçón Francesa, mas também unha revoluçón mais radical de ordem ética, ao propiciar um conceito de cidadania inspirado por unha moral autónoma e obstinadamente antidogmática. As contribuiçóns técnicas e mesmo filosóficas de Diderot non possuem um valor técnico nem filosófico, salvo num segundo plano. Qualquer artigo de Diderot, à marxem do seu conteúdo, tem como obxectivo primordial modificar a opinión dos seus leitores e, assim, transformá-los em “didadáns mais iluminados”, fazendo prosperar com isso unha revoluçón necessária em matéria de costûmes e no tocante à “maneira comum de pensar”.

ROBERTO R. ARAMAYO

Deixar un comentario