Sem chegar à proposta marxista de mudar o mundo, em vez de o interpretar, Berkeley concluíu que o sofrimento da populaçón irlandesa tinha a sua orixem no facto de a propriedade estar nas máns de xentes que viviam em Inglaterra e que só consideravam a sua posse como unha fonte de rendimento. E havia mais causas: o atraso secular dos irlandeses e a ausência de investimentos e exportaçóns que xerassem um comércio activo. Estaba convencido de que criando um banco nacional na Irlanda se poderia estimular a actividade mercantil e protexer o país do descalabro económico. Berkeley tinha observado que bancos centrais como os de Amsterdám, Londres e Hamburgo tinham evitado a derrocada e sobrevivido ao estalar da bolha financeira do Mar do Sul em 1720. A proposta de Berkeley no seu “Pesquisador” parece-nos “vinho velho em pipas novas” se a considerarmos do nosso prisma actual, tán cheia de bolhas e bancos centrais. Mas é certo que as suas ideias foram clarividentes e, apesar de non terem medrado, suscitaram um grande interesse e até é possíbel que tenham sido tidas em consideraçón anos mais tarde polo próprio Adam Smith. Non estando perante um revolucionário, non deixam de ser meritórias a sua sensata defesa da productividade e a sua luta contra a pobreza e a fame. Outros, como o seu amigo Jonathan Swift, combateram a situaçón social da Irlanda a partir da ironia que o desespero provoca. O autor de “As Viaxens de Gulliver” publicou um libelo intitulado “Proposta Modesta”, na qual suxeria aos irlandeses que podiam acabar com a fame comendo os próprios filhos e indicando-lhes como levá-lo a cabo. Esta proposta “para evitar que os filhos dos pobres na Irlanda constituam unha carga para os seus pais ou para o seu país” estaba impregnada de cruel sarcasmo contra o tratamento inxusto que os irlandeses recebiam por parte de Inglaterra e do qual tanto Swift como Berkeley eram testemunhas. No entanto a fleuma britânica non se alterou perante esta proposta saturniana, própria do Goya das comovedoras “Pinturas Negras”. Em todo o caso, a tristeza do incisivo e apaixonado Jonathan Swift a respeito do futuro da Irlanda expressa muito bem a gravidade do momento histórico que calhara em sorte a unha grande parte do povo irlandês, víctima das grandes diferênças sociais. Esse foi também um estímulo permanente na vida e na obra de Berkeley.
Alonso, Amado (Lerín, Navarra, 1896-1952). Filólogo e crítico literário. Estudou fonética com Menéndez Pidal e com Navarro Tomás no Centro de Estudios Históricos em Madrid. Continuou os seus estudos em Hamburgo. Criou a Biblioteca de Dialectología Hispanoamericana em Buenos Aires e em 1939 colaborou na fundaçón da Revista de Filoloxía Española. Foi professor em Harvard a partir de 1946. Algunhas das suas obras mais importantes som: El problema de la lengua en América (1935), Castellano, español, idioma nacional (1942), Estudios lingüísticos (1951-1953, dous volûmes). De la pronunciación medieval a la moderna en español (volûme I, 1955) e Materia y forma en poesía (1955).
Alomar, Gabriel (Palma de Mallorca, 1873-1940). Poeta futurista que escrebeu em catalán; ideólogo, político e diplomático. Ao proclamar-se a República foi nomeado embaixador em Roma (1931) e depois no Cairo. Escrebeu varios tomos de poesía, La columna de foc (1904), El futurisme (1904), El frente espiritual (1918) e ensayos en Verba (1919). Despois publicou La formación de sí mismo (1920) e La política idealista (1922), na qual afirma que a lei non debe adaptar-se à natureza humana, senón que é a natureza humana a que se tem que adaptar à lei.
Almorávides (do árabe: al-Murâbitûn, “os santos”). Seita e dinastía reinante que apareceu no noroeste de África durante o século IX. Polo Sul chegarom até ó Sudán e em 1080 fundarom a cidade de Marrakesh. Os musulmáns espanhois lhes solicitarom axuda: em 1086 entrarom em Espanha baixo as ordens de Yûsuf ibn Tashfîn para restabelecer a unidade política do islam. Ganharom as importantes batalhas de Sagrajas (1086) e Uclés (1108). A dinastía declinou e foi arrasada polos almohades em 1147. O Cid foi contemporâneo dos almorávides. Sem a sua presença na Península, os cristáns sem dúvida teriam concluido antes a reconquista.
Almohades (do árabe: al-Muwahhidûn, “os monoteístas”). Secta musulmana e dinastía reinante que apareceu no noroeste de África durante o século XII. O seu fundador, Muhammad ibn Tûmart proclamou-se a si mesmo Mahdî (Messias) e acusou aos demais musulmáns de practicar um politeísmo heréctico. El e o seu sucesor, ‘Abd al-Mu’min, tomarom Fez e Marrakesh em 1128. Em 1147 entrarom em Espanha e absorverom aos almorávides. Introducirom a filosofia e a ciência em Espanha. Dominarom a Espanha musulmana até à batalha das Navas de Tolosa em 1212.
Aljamía (árabe: al-‘adjamiyya, “discurso de extranxeiros”. Termo que se aplicou orixinalmente à forma peculiar de latim corrompido utilizada polos mozárabes. Neste sentido menciona-se no Poema de Alfonso XI: “Diexieron los escuderos / sabedes bien la Arabia, / ¿sodes bien verdaderos / de tornarla en aljamía?”. Pouco despois xeneralizou-se o seu uso entre os mouros para designar o castelán, aceitaçón que se recolhe nos denominados poemas aljamiados, que som aqueles que están escriptos em castelán mas com caracteres ou peculiaridades árabes ou xudeos. Os “mudéjares” e os xudeos residentes na Espanha esquecerom pouco a pouco a sua fala materna para falar unicamente em castelán, mas em câmbio conservarom a escritura. Durante muito tempo pensou-se que o Poema de Yusuf do século XIV era o primeiro exemplo de literatura aljamiada, mas a maioria destes manuscritos clandestinos som do século XVI. El muftî de Segovia, ‘Isà Djâbir (em castelán Ice de Gebir) escrebeu o Kitâb segobiano (1462) para divulgar o islamismo em Espanha. Quase todos os manuscriptos que chegarom até nós escritos neste dialecto tinham fins missioneiros, como o conto de fadas La doncella Carcayona, cuxo tema é “non há mais Deus que Alá”. Somente se conhece o nome de um poeta aljamiado: o Mancebo de Arévalo, que escrebeu o Sumario de la relación y ejercicio espiritual, Tafsira, e Breve compendio de nuestra Santa Ley, esta última obra escrita em colaboraçón com Baray de Remingo, faquir de Aragón. Outro exemplo de literatura aljamiada é o Recontamiento del rey Alixandre, publicado em 1886. Trata dos feitos prodixiosos que lhe acontecerom a Alexandro o Grande. As suas fontes som tradicionais, e também de lendas gregas e persas.
Alghero, do catalán Alguer. Lugar situado na ilha de Cerdenha, onde o catalán foi idioma oficial até 1720, quando a casa de Saboya conquistou a ilha. O catalán segue-se utilizando ainda hoxe em dia. Um dos escritores cataláns de Alghero foi o poeta Sire, cuxo poema “Qué faré, pobre de mi? …” recorda a tradiçón hispano-árabe. Jacint Lluís Soffi (1742-1816) foi autor de poemas relixiosos e satíricos de escaso valor literário, e de um soneto memorábel em imitaçón do Stabat mater. Cultivaron também o soneto Canon Vitelli e Josef d’Arcaine. A poesía que se fixo em Alghero foi mais local e circunstancial que a de outras zonas de fala catalán.
Alfonso XI (1312-1350). Supôn-se que foi o autor da primeira cançón trovadoresca documentada em castelán. Apareceu no Canzoniere portoguese della Biblioteca Vaticana (ed. Monaci, Halle, 1875). Foi-lhe atribuida a autoria do Libro de la montería. O Poema de Alfonso XI. Crónica versificada, escrita probabelmente por volta de 1348 por um xuglar que presenciou e descrebeu alguns dos acontecimentos ocurridos durante o reinado de Alfonso XI. É unha das últimas mostras de mester de Xuglaría. Pensa-se que o autor mencionado no verso 1841 “Yo Rodrigo Yannes la noté en lenguaje castellano.” non é mais que o traductor de um orixinal escripto em fala galega. Este traductor adaptou-o à tradiçón poética castelhana e para o efeito se apoiou no Libro de Alexandre e no Poema de Fernán González, entre outros. O poema tem mais de 10.000 versos octosílabos com rima abab. Acerta nos comentários sobre a sociedade da época e na descripçón das batalhas.
Alfonso X El Sabio, rei de Castela (Toledo, 1221-1284). Filho de Fernando III e de Beatriz de Suabia, continuou a reconquista iniciada polo seu pai, ao qual sucedeu em 1252. Gostaba de chamar-se “rei de três relixións”: foi mais benévolo com os seus súbditos musulmáns, que com os xudeos. Aquí só o consideraremos como escritor, editor, erudicto e mecenas. Non se pode determinar com exactitude em que medida contribuiu para os grandes trabalhos erudíctos que patrocinou e impulsou, mas non cabe dúvida de que el e os seus colaboradores escribirom as primeiras obras clássicas da prosa castelán. As obras que levou a cabo classificam-se xeralmente em quatro apartados: história, leis, ciência e poesía. a) História. Como coordenador de investigaçóns non tivo igual no seu tempo. A primeira parte da Grande y general história, começou-se a elaborar em 1272, e a quarta parte foi terminada em 1280. As partes quinta e sexta elaborarom-se entre 1280 e 1284, ano no que morreu Alfonso. Como se trata de unha “história universal”, misturam-se os mitos e os feitos, que para a época era um procedimento perfeitamente ortodoxo e natural. A cronoloxía detem-se na árbore xenealóxica da Virxem María. A ideoloxía da época tendía a concepçóns universais do home, mais que a concepçóns nacionais ou rexionais. Por isso, a Primeira crónica general ou estória de España, foi abandonada por 1274. Son alfonsíes os capítulos que van até à invasón árabe, mas a segunda parte non é do rei Alfonso. A primeira parte foi confecçionada graças a unha técnica que se puido explorar e que consiste nunha primeira fase de recopilaçón de materiais, e a sua traduçón, unha segunda (tipicamente alfonsina) de armonizaçón dos materiais por ordem cronolóxico de reinados e anos. Na obra misturam-se materiais históricos (Paulo Diácono, Paulo Orosio) e poéticos (Lucano). A obra foi terminada xá em época posterior, durante o reinado de Sancho IV (1289). Alguns dos colaboradores forom: Bernardo de Brihuega, Garci Fernández de Toledo, Juan Gil de Zamora, Jofré de Loaysa e Suero Pérez ocuparom-se de escreber a segunda parte. Para o qual utilizarom fontes bíblicas, clássicas e árabes, assim como cantares de xésta. Menéndez Pidal a publicou em 1906 baixo o título: Primeira crónica general, o sea historia de España que mandó componer Alfonso el Sabio y se continuaba bajo Sancho IV en 1289 (1906). Três crónicas forom escrítas com base na Crónica general: la Crónica abreviada de don Juan Manuel, a Segunda crónica general ou Crónica de 1344 e unha versón perdida conhecida a través de quatro adaptaçóns: Tercera crónica general, de Florián de Ocampo, a Crónica de veinte reyes, a Crónica de Castela, na que se bassa à sua vez a Crónica particular del Cid. b) Leis. Las siete partidas (1256-1263). Compilaçón de leis quase sempre de orixem romano que intentam sistematizar prácticas da vida quotidiana. O número “sete” que aparece no título tem unha importância mais simbólica exotérica que aritmética. Delas, só a primeira é de época alfonsina; o resto foi-se transformando em funçón dos intereses da aristocracía durante o passo do tempo. Existem dous manuscritos, um do século XIII e outro do século XIV. Em ambos se observam notábeis diferênças. No manuscrípto do século XIII o poder absolucto do rei afianza-se obstenssibelmente, mentras que no do século XIV xa se fala mais do poder dos nóbres e é restrinxído o do rei, adbogando pola validés dos foros. A obra foi compilada por Jacobo ou Jacome Ruíz, “o mestre das leis”, Samuel Halevy, Juan Alfonso, arcediano de Santiago de Compostela, e Fernán Martínez. A obra non logrou unificar o sistema legal castelán, obxectivo que só se alcanzou em 1348. A lexislaçón espanhola actual ainda debe muito à obra alfonsina; parte dos estatutos dos estados norteamericanos da Florida e da Louisiana debem também algunhas leis a esta obra. c) Ciência. As aportaçóns científicas de Alfonso dan-se no nível da transmisóm e non no da criaçón. O Lapidario foi reeditado em 1881 por J. Fernández de Montaña, e os Libros del saber de astronomía em 1863-1867. O Libro de los juegos de ajedrez, dados y tablas, publicou-se em 1941. As três obras forom traducidas e adaptadas de fontes árabes por erudíctos xudeos. O Setenário (dado à luz em 1945), parte de propósitos xurídicos e morais e constitúi um tratado cosmolóxico e relixioso articulado em torno ao carácter simbólico da realidade toda e às virtudes do número sete. d) Poesía. Como poeta, Alfonso preferíu o galego-português, dialecto muito mais desarrolhado, expressivo e musical que o castelán e que na sua época era a fala literária por antonomasía. Escrebeu algo mais de 400 Cantigas de Santa María, obra composta para ser cantada, como era também habitual. A maioria desarrolham unha temática parecida: os milágres da Virxem. Alfonso incorporou ao elemento narrativo característico do mester de clerecía unha inspiraçón e um lirísmo que perviverom unidos na tradiçón literária posterior.
Alfonso, Pedro (Huesca, 1062-1140). Compilador dunha importante coleçón de contos, a Disciplina clericalis. Alfonso, xudeo converso, foi baptizado em 1106. As 33 histórias que forman o volûme deribam de fontes árabes e están escritas em latim macarrónico. Som contos licênciosos nos quais existem provérbios persas, indús e de outras tradiçóns orientais. Publicou-se completo no Libro de los enxemplos de Clemente Sánchez de Verzal. Foi reeditado em 1948, e em Londres (1977).
Alexandre, Libro de. Poema do mester de clerecía, escrito em quaderna vía. Consta de 10.700 versos. A través deste libro som introducidos temas clássicos na literatura da península. Non se chegou a ningum acordo respeito da sua autoria: Juan Lorenzo de Astorga, mencionado no manuscrito do século XIV que conserva a Biblioteca Nacional de Madrid, é quase seguramente um copista. Outros autores propostos forom o arcediano Jofré de Loyasa e até Alfonso o Sábio, mas sem fundamento. A data de composiçón da obra sería o 1240, polo que é mais ou menos contemporânea do Libro de Apolonio. O Libro contem grande quantidade de conceitos científicos, culturais e de visón do mundo que resultam importantes para entender o mundo do século XIII. A figura do rei Alexandro é vista desde três perspectivas: o Alexandro cabaleiresco; o dos sermonários e libros de enxiempla e o Alexandro dos filósofos e moralistas. O Alexandro caballeiresco aparece no Livre de Aleixandre françês, no qual o rei é um aventureiro que viáxa a terras exóticas (India, o paraíso terrenal), que será modelo para toda a literatura dos viáxes (Colón, Marco Polo, etc…) Esta é a perspectiva que prevalece no Libro. As fontes da obra som latinas: A principal é o Alexaindreis de finais do século XII, ainda que também utiliza o Roman de Aleixandre françês. A obra divide-se em quatro partes: infância e educaçón; campanha de Ásia; ataque à India e últimas conquistas, expediḉón marítima e aos céus e morte do rei. Este esquema parece ter relaçón com o utilizado nas escolas catedralicias (trivium e quadrivium). Resulta interesante anotar que, antes de começar a terceira parte, leva a cabo unha digresón moral na qual analiza a constituiçón dos grupos sociais mais consistentes e assinála as suas deficiências. No final da obra existe outra digresón, esta vez sobre o desexo de alcanzar a glória, elemento que proba que no Medievo xá existe tal sentimento. Em quanto ao estilo, pode-se dicer que reflêxa a um autor clérigo. Utiliza todos os tipos da amplificaçón. Também delata influênça da épica.
Nessa altura, Kuhn propôs-se aprofundar o estudo dos métodos formais de análise e, em todo o caso, levar mais a sério as categorias que os lóxicos e os filósofos da linguaxem tinham posto em práctica. Em anos posteriores, a problemática da relaçón entre linguaxem e realidade ocupou um lugar de destaque nas reflexóns de Kuhn. Em 1979, e apesar de non estar descontente com a sua posiçón em Princeton, Kuhn aceitou a oferta do Massachusetts Institute of Technology, de Boston, para ocupar a prestixiada cátedra de Filosofia da Fundaçón Rockefeller, onde permaneceu, muito satisfeito, até à sua reforma, em 1991. Nos últimos anos de vida, Kuhn dedicou-se afincadamente a redixir o que desexaba que fosse a sua segunda grande obra de filosofia da ciência, que habia de prosseguir o caminho traçado em A Estructura das Revoluçóns Científicas, mas precisando-o e utilizando de forma mais sistemática as categorias filosóficas. Infelizmente, non pôde concluir esse proxecto por causa da sua grave doença (cancro de pulmón), de que morreu, a 17 de Xunho de 1996, em Cambridge, Massachusetts.
A que pode ser a mais antiga poesía em latím (se exceptuamos o “carmen Arvale) som dous epitáfios de L. Cornelio Escipión Barbado, cónsul no 298 a. C., e do seu filho L. Cornelio Escipión, cónsul em 259 a. C. A antiga costûme romana era a de colocar sobre a tumba o “titulos” de um home (o seu nome e, acaso, unha mençón dos seus cargos importantes): ambos Escipións os tiverom, pintados em roxo. Os dous tenhem também epitáfios em versos saturnios; están talhados em pedra sobre os sarcófagos e o do filho é claramente mais antigo que o do pai. O escreber um poema sobre unha tumba representa clara influênça grega e esta orixem subraia-se por um sentimento no epitáfio do pai: “quoius forma uirtutei parisuma fuit” (cuxa perfeiçón física foi muito semelhante ó seu valor”. Isto traduce em latím o ideal ateniense de “kalokagatía” e significativamente dá-se ao adxectivo “agatóç” o seu sentido de valente de começos do século V. O nome do metro expressa a ideia de que era orixinário de Italia, mas persiste a dúvida básica sobre a sua verdadeira natureza e orixem, tanto agora como no mundo antigo. Era de orixe grego e quantitativo? Ou estaba construído sobre princípios de acentuaçón bastante alheios ao grego? Non se pode alcanzar unha certeza (em sentido xeral, polo lamentábel estado textual dos versos que sobreviveron, preservados principalmente em citas de gramáticos tardios que non tenhem a menor compreensón ou interese polo metro). Non obstante, a hipótese que parece mais coherente é a da orixem grega por três razóns: a) o contexto no que o metro se encontra pola primeira vez no epitáfio de Escipión suxére um meio helenizante; encontram-se também elementos do metro no “carmen Arvale”, que se remonta aos séculos V ou VI a. C. e certamente contenhem elementos relixiosos gregos reconhecíbeis. b) Os dous poetas, Livio Andrónico e Nevio (o primeiro era um escrávo grego, e o outro de unha rexión de cultura grega), que forom os primeiros em adoptar o metro em Roma, eram conhecedores das técnicas métricas do grego e escreberom as suas outras obras com assombroso domínio destas técnicas em latim. c) As afirmaçóns expressas de Cesio Baso sobre a base grega do “saturnio” pode-se comprobar no grego e em particular conservou-se um himno cultural grego non literário que apresenta a mesma forma métrica. Se unimos estes feitos com a testemunha xeral da influênça cultural da Grécia sobre Roma, desde o século VI a. C. em diante, tanto nas costûmes como na fala (e também nos metros), é dificil ver o “saturnio” como um metro puramente itálico. Os diferentes enfoques anteriores tratarom de examinar os descubrimentos sobre elementos que podem ter contribuido para a cultura literária e que existíam na Roma com anterioridade ó 240 a. C. As testemunhas som escasas e apuntam para unha cultura práctica: isto é, de composiçóns criadas para ocasións públicas específicas. Mas há indícios de unha certa sofisticaçón estilística e certamente de familiaridade com as técnicas gregas: em ambos casos, a cultura literária mais antiga de Roma apresenta rasgos que caracterizam a toda a literatura posterior escrita em latim.
Xá referimos que as duas áreas em que o pensamento de Popper exerceu unha maior influênça, tanto entre os seus contemporâneos como para a posteridade, foram a filosofia da ciência e a filosofia social e política. Para o próprio Popper, as suas contribuçóns para ambas as áreas están relacionadas entre si por unha actitude filosófica básica que denomina “racionalismo crítico” (cuxa caracterizaçón xeral expomos mais adiante). Este, por sua vez, fundamentar-se-ia nunha determinada actitude ética de princípio. No entanto, apesar do que o próprio Popper disse, convém analisar as duas áreas separadamente, tanto por razóns ligadas à lóxica do conteúdo como porque os âmbitos em que as ideias de Popper exerceram a sua influência son bastante diferentes num e noutro caso, ou sexa, podem aceitar-se as ideias de Popper sobre metodoloxia científica independentemente das suas teses sociopolíticas, e vice-versa. Nesta secçón, falaremos do primeiro pilar do pensamento popperiano, o que se refere sobretudo à sua filosofia da ciência; na secçón seguinte (“A sociedade aberta…”), exporemos com maior brevidade as suas ideias em matéria sociopolítica. A filosofia da ciência de Popper é essencialmente unha metodoloxia. Quer isto dizer que trata de averiguar qual é o melhor método para levar a cabo a investigaçón científica. As “ciências empíricas” (ou sexa, as que dependem em última instância das experiências que os nossos sentidos nos transmitem) e, mais em particular, as ciências naturais. Sobre a matemática pura, que é independente da experiência, Popper non tem grande cousa a dizer, e o pouco que encontramos nos seus textos sobre ela non é especialmente orixinal. Para Popper, dentro das ciências naturais, a ciência paradigmática é, sem dúvida, a física.
San Pedro de Batalháns é unha das aldeias do Concelho das Neves. Está ubicada na vertente Noroeste dos montes do Sandomédio, entre Santa Eulália de Batalháns, Santa María de Taboexa, Santo André de Uma e San Xoán de Vilacoba. Trata-se de unha das aldeias mais pequenas, montanhosa e de interior, sita à beira mesmo da estrada, que desde Vilasobroso vai às Neves e a Salvaterra do Minho. A referência histórica mais antiga que conhecemos desta aldeia, data do século XIV. A sua pequena igrexa do tipo rural, anexa e filial da de San Miguel de Guillade, desde o século XVII (até fái muito poucos anos), conserva -non obstante- na sua entrada principal orientada a poênte, claros vestíxios románicos. Abundam significativos topónimos, todavía, sem comprobar. Um dos mais conhecidos e estudados xá, é, sem dúvida, o da Cividade. Denominaçón esta que leva um côto, coberto de pinheiros e toxo, de unha altura que oscila entre 10 e 150 metros com um diametro aproximado de outros 150 metros, Norte-Sul e outros tantos de Este-Oeste. Ó Este queda a igrexa parroquial e a Oeste, unha bela e formidábel hondanada, que tán loquazmente expressa o topónimo: Vilacoba, com fossos e um desnibel de perto de 200 metros, assim como algunhas terrazas. Do alto do Castro, com mina de água na sua ladeira Sul, mantem-se contacto visual (incluíndo o rio Minho em Salvaterra) com os Castros limítrofes de Celeiros, Cresto de Guillade, Castro do Calvário de Uma, Castromao na Vigaira, Còto do Santo, Castro de Batalháns, etc… As primeiras notícias chegam a nós em 1961, através de algúns vecinhos, comprobando, despois, que xá se facía referência ao mesmo, na Carta Arqueolóxica da Província de Pontevedra (1953), de Filgueira Valverde e García Alén; assimesmo, por referências de Ramón Rodríguez Otero e Valverde Alvarez. Estas notícias aludem a diversos achados de restos de muralhas, unha construçón circular, moedas, figuras… “que ao passar a máns de populares, afirma Rodríguez Otero, sofrerom diversas e trístes sortes”. Talvez pola abundante maleza, na zona Noroeste do Castro da Cividade (que equivocadamente se situa em Santa Olaia), non conseguimos localizar o petroglífo, a que se referem García Alén e De la Peña Santos (1980).