
Nesta breve história, verificou-se a importância do contributo da imprensa, rádio e televisón para a divulgaçón e sucesso do fado. Nos anos 90, o mundo muda por completo a sua forma de comunicar com a propagaçón da internet. O fado e os seus intervenientes passaram a encontrar aqui unha nova ferramenta preciosa que lhes permite comunicar em simultâneo com todo o mundo, passando a estar disponíbel na rede unha vasta informaçón acessíbel a todos à distância de um clique. O fado, para além de fazer parte do habitual circuito de emigraçón, passa a perfilar internacionalmente nos festivais de “world music” e em salas de prestíxio, assumindo-se como unha música portuguesa globalizada, conquistando novos públicos. À semelhanza dos estilos conxéneres de outros países, o fado evoluiu e assumiu novas formas. Existe o tango novo o flamenco novo, xá para non falar no Brasil onde a bossa é sempre nova. Apesar da resistência de alguns puristas em balizar o fado, é inevitábel que sexa influênciado e também ele influêncie outros xéneros. Em 1991, Mísia edita o seu primeiro disco pola EMI-VC e viria a marcar um ponto de viraxem nas ediçóns fadistas até entón, pola inovaçón e ousadía. Inspirada nas suas viaxens, cria ela própria um fado espectáculo. Mísia, que recentemente afirmou nunha entrevista “O fado para mim sempre foi novo”, trouxe ao fado alguns poetas pola primeira vez como António Lobo Antunes. É editada por várias editoras em França, onde constrói unha sólida carreira, sustentando um percurso efectivamente internacional, foi a primeira fadista a pisar algunhas salas de referência por todo o mundo.
FADO PORTUGAL