Arquivos mensuais: Abril 2020

ARENDT (JUDENRÄTE)

De qualquer forma, além da perplexidade que a descripçón de Eichmann como um home banal e ridículo provocou -unha ideia a que voltaremos mais adiante-, um dos pontos mais controversos foi o papel que Hannah Arendt imputou aos Conselhos Judaicos (Judenräte) no extermínio. Estes conselhos eram os orgáns de governo dos guetos organizados polos nazís para enclaustrar a populaçón xudaica (Varsóvia, Lodz, Minsk…), compostos por xudeus preeminentes da comunidade em questón, que tinham a seu cargo a administraçón da populaçón do gueto, incluindo unha polícia xudaica. As suas tarefas eram fazer cumprir as ordens dos nazís, inventariar os bens, elaborar as listas dos que estabam aptos para o trabalho ou deviam ser deportados, bem como fazer o recenseamento da populaçón. O papel dos conselhos veio à luz no xulgamento, e Hannah insistiu na responsabilidade dos líderes dos conselhos no extermínio. Segundo ela, a dilixência com a qual algúns líderes, como Chaim Rumkowsky (dirixente do gueto de Lodz, que emitia papel-moeda com a sua assignatura e selos de correio com a sua efíxie), obedeceram às ordens acelerou o processo de extermínio, que caso tivesse encontrado a resistência dos conselhos (polo menos nas suas primeiras etapas) resultaria menos eficaz e teria causado um menor número de víctimas. Consequentemente, a tese de unha colaboraçón ou cooperaçón entre víctimas e algozes explodiu na discussón pública. A sua análise provocou unha grande irritaçón e fúria, porque unha pensadora xudaica da sua dimensón apresentou publicamente o que, em sua opinión, constituía a pouco honrosa actuaçón dos líderes xudaicos, e isto foi entendido como unha traiçón à sua própria comunidade de orixem.

CRISTINA SÁNCHEZ

YOGURTH PARA TODOS

Ferver meio litro de leite ecolóxico enteiro, até levantar a espuma (non passar nunca dos 95º), despois, deixar arrefecer a 45º centígrados. Seguidamente, deitar dentro do leite um yogurth natural comprado, e misturar tudo com a batidora. Logo vertemos o conteúdo num termo e passadas apenas quatro horas, podemos gozar de um producto cremoso e suave para toda a família. Acompanhado com troços de fruta (arândanos, morangos, kiwis ou mazáns), resultará unha delícia. De todas as maneiras, as pessoas maiores, non debem abusar dos lácteos, pois estes podem acarrear problemas tais como intolerâncias alimentárias e alerxías. Segundo os competêntes médicos suíços e austríacos (países nos que abundam os doêntes causados polo problema do elevado consumo de lácteos), isso de beber leite, como quem bebe àgua, pode levar a unha morte prematura.

LÉRIA CULTURAL

MAQUIAVEL (COMO ESTAR PREVENIDO FACE AOS MAUS)

O terceiro capítulo vai servir para apresentarmos “O Príncipe”, a obra mais intemporal de todas as que Maquiavel escreveu. Nele vamos abordar a exposiçón das questóns mais propriamente teóricas (tipoloxía de reximes, forças que operam na História, relaçón entre moralidade e política, etc…). Mas, além disso, apresentaremos ainda as ideias maquiavelianas mais importantes acerca de duas questóns também elas prácticas: como chegar ao poder e como nele se manter. A abordaxem que vamos adoptar nesta descripçón é realista, como non poderia deixar de ser, tratando-se do secretário Nicolau. Realista por três motivos: porque vamos descrever os factos políticos tal como som -e non como deberiam ser ou como gostaríamos que fossem; porque teremos ocasión de confirmar até que ponto a teoría maquiaveliana se baseou em exemplos reais da História e, finalmente, porque defenderemos que a política é unha arte que se rexe pola realidade e polas circunstâncias concretas, muito mais do que por princípios ideolóxicos ou compromissos ético-filosóficos. (…) Ainda assim, non deixa de surpreender que o nosso protagonista fosse capaz de alterar a forma de entender a política através de um libro com menos de 100 páxinas. Um manual que poderia ter o subtítulo “Como ser mau mas ganhar a partida” ou, em alternativa, “Como estar prevenido face aos maus”. Nicolau Maquiavel limitou-se a descrever a natureza humana e fê-lo sem escrúpulos nem rodeios. Devemos, por isso, estar-lhe gratos, porque, desta forma, também nos mostrou as “regras do xogo” que imperam na batalha quotidiana polo poder, muitas delas tán vixentes agora como na Florença do Renascimento. É por estes motivos que Maquiavel se tornou no primeiro “enfant terrible” da filosofia, um pensador sobre quem ainda hoxe se discute qual a forma mais apropriada de o xulgar. O responsábel por tal mudança de percepçón na acçón política e na funçón de governar é, sem dúvida, o secretário. Mas o que xá non lhe podemos imputar é o uso que foi feito das suas ideias que, convém non esquecer, partem dessa análise da realidade de que ele próprio foi unha testemunha privilexiada.

IGNACIO ITURRALDE BLANCO

FRONTEIRA DE UMA

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

. .Linha de Marcos

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Marco nº 3 do Eido do velho

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Marco nº 4 do Eido do Velho

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Marco nº 5 do Eido do Velho

.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Marco nº 6 da Barronca

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Marco nº 7 da Fonte da Prata

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Marco nº 8 de Pedro das Táboas

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Marco nº 9 de Borraxeiros

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Marco nº 10 do Calvário

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

. .Marco da Saborida

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

. .Marco do Côto

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

. .Marco de Rubiáns

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

. .Marco das Cobradas

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

BERGSON (UM RIVAL TEMÍBEL E FUXIDIO)

O “Mais velho problema”, o da mudança, também conhecido como o da passaxem do “Uno” para o “Múltiplo”, do “nada” para o “ser”, o do “infinito” para a “xénese do mundo”, etc… O xovem filósofo acabava de encontrar um rival temíbel e fuxidio, capaz de operar através de insensíveis varetas mecânicas, qual titeriteiro trocista, toda a história da metafísica para representar nela unha “comédia platonizante”. Mas também um aliado credíbel que xá teria referido a factuidade da tentativa de captar o movimento em ideias estácticas. Como non se sentir secretamente eufórico? Quase podia ouvir as gargalhadas estridentes a reverberar por entre os maxestosos e vazios edifícios dos sistemas filosóficos. Os seus arquitectos, como Aquiles, afanavam-se em apanhar unha tartaruga aspectral. Mas ele non cairia nessa armadilha. A sua filosofia seria unha filosofia para corredores, non para tartarugas. Non parece esaxerado afirmar que Bergson escreveu durante toda a sua vida na medida em que non saldou contas com Zenón: criticou as suas aporias como ilusóns do entendimento, ao mesmo tempo que defendia a sua vixência e a sua seriedade face a qualquer tentativa de considerá-las resolvidas ou declará-las simples falácias. Os paradoxos têm algo valioso para ensinar. Esta ambivalência demonstrou ser, posteriormente, muitíssimo fecunda. Conseguiu vencer a todos menos a Zenón. Ele foi quem tomou Bergson e lhe fez “filhos à traiçón”: todos e cada um dos seus libros.

ANTONIO DOPAZO GALLEGO

ALBORADA

Alborada. Poema breve, muito usado polos poetas galego-portuguêses, para resaltar a alegria dos amantes ao reunir-se com as suas amadas, à hora da alba. Nuno Fernandes Torneol, poeta do século XIII, dá-lhe um toque irónico, quando empréga estribilho tradicional de alegria, para descreber a dor de unha rapariga que foi abandonada pelo seu amante.

LÉRIA CULTURAL

ALBA

Alba. Poema breve, muito usado pelos poetas galego-portuguêses para expressar a pena pola ausência do amado, durante o amanhecer da aurora. A palabra “alba” aparece frequentemente nos estribilhos. Os modelos provençais mais fermosos som os de Giraut de Bornelh, ó qual Dante consideraba como um dos grandes poetas provençais, xunto com Arnaut Daniel e Bertrand de Born, na sua obra “De vulgaris eloquentia”.

LÉRIA CULTURAL

ENCYCLOPEDIE (DICTIONNAIRE RAISONNÉ)

Unha enciclopédia para mudar a maneira de pensar. “Sempre que for necessário, as referênças opor-se-án às noçóns; contrastarám com os princípios; abaterám, depauperarám em segredo certas opinións ridículas que ninguém se atreveria a confessar abertamente. Estas referências comportam unha grande vantaxem. O conxunto da obra receberia unha força interna e unha utilidade secreta, cuxos sixilosos efeitos se deixariam notar forçosamente com o tempo. Assim, por exemplo, sempre que se trate um preconceito nacional, haverá que apresentá-lo de maneira deferente no artigo que lhe é consagrado, com toda a sua corte de verosimilhança e seduçón; mas sem deixar de salvar o edifício da lama, ao remeter para os artigos onde certos princípios sólidos servem de base às verdades opostas. Esta maneira de desenganar os homes opera com muita prontidóm nas pessoas intelixentes e também opera de forma infalível,sem consequência ofensiva algunha, em segredo e sem chamar a atençón, sobre todos os espíritos. É a arte de deduzir tacitamente as consequências mais fortes. Se estas referências de confirmaçón e de refutaçón se prepararem de maneira apropriada darám à Enciclopédia o carácter que um bom Diccionário debe ter: o de mudar a maneira comúm de pensar.” (Artigo “Enciclopédia” da Enciclopédia, ou Dicionário Racional das Ciências, das Artes e dos Ofícios.)

ROBERTO R. ARAMAYO

ESCRITORES HISPÂNOS (LEOPOLDO ENRIQUE GARCÍA ALAS Y UREÑA)

Alas y Ureña, Leopoldo Enrique García (Zamora, 1852 – 1901). Romancista, contista e crítico que se deu a conhecer baixo o pseudónimo de “Clarín”. Em 1869 a sua família trasladou-se a Oviedo, onde estudou leis, e despois de passar um ano em Zaragoza foi nomeado catedráctico de Dereito de Oviedo em 1883. Foi íntimo amigo de Armando Palacio Valdés. Na sua xuventude recebeu influênças do kraussísmo, que mais tarde rechazou e satirizou o que consideraba serem excentricidades místicas no relato “Zurita” (1886). Despois da sua morte foi convertido em um romancista muito conhecido, principalmente por “La regenta” (1884), na qual a protagonista acaba destruida pola malevolência e a invexa da vida provinciana de Vetusta, nome detrás do qual se esconde Oviedo. Durante a sua vida Alas foi mais conhecido pola sua labor de crítico literário. Sendo probábelmente o crítico espanhol mais importante do último quarto de século. Os seus mordaces comentários e a lóxica dos seus razoamentos proporcionarom um antídoto essêncial para enfrentar-se á aprobaçón mecânica que se outorgaba à maior parte dos libros novos que aparecíam por entón, ainda que el foi excessivamente benevolente nalguns casos. As suas “reseñas” forom reunidas em “Mezclilla” (1889), “Solos” (1890 – 1898), 5 vols.), e “Palique” (1893). Azorín tachou o estilo das suas primeiras obras de pomposo e verboso, demasiado influído pelos seus estudos de dereito. Gradualmente o seu estilo foi-se suavizando, mais conciso e inclúso humorístico, como na novela “Su único hijo” (1890) e em algúm dos seus últimos contos reunidos nas colecçóns “Pipá” (1886), “El señor” (1893), “Cuentos morales” (1896) e “El gallo de Sócrates” (1901).

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (PEDRO ANTONIO DE ALARCÓN Y ARIZA)

Alarcón y Ariza, Pedro Antonio de (Guadix, 1833 – 1891). Romancista. Abandonou o estudo do dereito quando a sua família caiu em dificuldades económicas e regressou desde Granada para a sua cidade natal para seguir estudos eclessiásticos. Escapou em 1853 para ganhar unha reputaçón literária em Madrid, mas non conseguiu diferenciar-se como político nem entón, nem quando regressou ao seu lar. Entre as suas façanhas madrilenas encontram-se a publicaçón da revista “El Látigo”, furibundamente anticlerical, e a consequência foi um duelo (1855) contra José Heriberto García de Quevedo, que disparou ó ar despois de que Alarcón falhara o tiro. Desde esse momento todos os seus esforços se concentrarom na literatura. A sua obra de teatro “El hijo pródigo” (1857) foi um fracasso e as suas Poesías carecem de interese. É nos seus românces e sobre tudo nos seus contos, onde Alarcón alcançou unha duradeira reputaçón. Obtivo a fama primeiro graças a um patriótico “Diario de un testigo de la guerra de África (1859), relato da guerra de Marrocos de 1859 – 1860, na qual tinha sido ferido. As suas viaxes por Itália derom como fruto um excelente libro de viaxens: “De Madrid a Nápoles pasando por París, Ginebra, etc.” (1861). Começou a escreber românces baixo a influênça de Balzac e George Sand. O primeiro, “El final de Norma” (1855), feita aos deçoito anos. Trata-se de um relato de aventuras fantásticas. Os quadros de costûmes que publicou em “Cosas que fueron” (1871) revelam a influênça de Fernán Caballero. O seu conto espanholista “El sombrero de tres picos” (1874) é a sua obra mais conhecida; foi convertida em ballet por Manuel de Falla e em ópera por Hugo Wolf. O seu românce “El escándalo” (1875), escrita despois do triunfo liberal na críse política de 1868, mostra como o seu fervor revolucionário se tinha transformado num conservadurismo extremo. A violenta Andalucía de “El niño de la bola” (1880) um ambiente muito diferente do mundo acomodado que pinta no “El sombrero de tres picos” e pôm de relêve os progressos de Alarcón caminho de unha madurez artística e psicolóxica. A personaxe de Pepito considerou-se como o seu autorretrato. “La pródiga” (1882), com unha qualidade inferior, pecha a triloxía (que incluie “El escándalo” e “El niño de la bola”) sobre as reacçóns de um home ante a sociedade, as suas convençóns e a sua forçosa derrota. Neste mesmo ano Alarcón publicou a sua novela curta “El capitán Veneno”, unha variaçón escrita apressadamente, ó igual que o resto dos seus relatos, sobre o tema de “El desdén”, com “El desdén de Moreto”. Despois do fracasso de “La pródiga”, que o autor atribuiu a unha conspiraçón, deixou de escreber ficçón e só publicou um libro durante os últimos dez anos da sua vida: a obra autobiográfica “Historia de mis libros” (1884).

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (ABEL ALARCÓN)

Alarcón. Abel (1881). Autor boliviano de românces históricos que transcorrem na época dos Incas (En la corte de Yáhuar-Huákac, 1915) e também no período colonial ( Era una vez…, 1935). Esta última é difusa e incoherente, mas merece ser lída todavía, polas escenas da vida boliviana cuidadosamente entresacadas das testemunhas históricas. Alarcón traduciu o “Gitanjali de Tagore”.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (CLEMENTE AIRÓ)

Airó, Clemente (Madrid, 1919). Romancista e contista, exiliado em Colombia desde 1941. Entre as suas recopilaçóns de contos temos “Viento de romance” (1947), “Cardos como flores” (1955) e “5 y 7: cuentos de una misma historia” (1967). As suas novelas som “Yugo de niebla” (1948), “Sombras al sol” (1951), “La ciudad y el viento” (1961), sobre a decadência e corrupçón na vida da cidade, e “El campo y el fuego” (1971) que, ainda que transcorre no campo, mostra como o home da cidade controla inexorabelmente a vida no campo. Airó publica a influênte revista “Espiral de Bogotá”.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (DELMIRA AGUSTINI)

Agustini, Delmira (Montevideo, 1890 – 1914). Poetisa uruguaya. Trás unha infância felis, num meio cultivado, casou-se com um home incapaz de valorar a sua sensibilidade, que acabou por matá-la e suicidar-se el despois. “Los cálices vacíos” (1913) contêm selecçóns das suas duas primeiras obras (“El libro blanco”, 1907, e “Cantos de la mañana”, 1910) xunto com material novo. A sua conrrespondência foi editada por Sergio Visca, “Correspondencia íntima” (1969).

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (IGNACIO AGUSTÍ)

Agustí, Ignacio (Lissà de Vall, Barcelona, 1913 – 1974). Novelista e xornalista utilizou tanto o catalán como o castelán. Alcançou a fama pola sua novela realista em castelán “Mariona Rebull” (1941), que trata da ascensón de unha família proletária barcelonessa, até ao nível de clásse meia alta. A saga começa em 1865 e acaba supostamente por volta de 1944. Outras obras da série entitulada “La ceniza fue árbol”, da qual forma parte”Mariona Rebull”, som “El viudo Rius” (1945), “Desiderio” (1957), “19 de Julio (1966) e “Guerra civil” (1972).

OXFORD

POETAS DA TERRA(JOAN AIRAS)

Airas, Joan (Santiago de Compostela ?, c. s. XIII). Mercader e prolífico poeta da côrte literária de Alfonso X e de Dom Denis de Portugal. Escrebeu muitas cançóns, das que temos 50 de amigo, 25 de amor e 10 de escárnio, pastorelas e tensóns.

LÉRIA CULTURAL