Arquivos diarios: 19/02/2020

FILOSOFÍA ISLÂMICA

Ao falar do começo da filosofía no islán medieval convêm apresentar, mesmo que brevemente, algunhas questóns conexas. Primeiro, a sua denominaçón xenérica: “filosofía árabe” ou “filosofía islâmica”? Quando falamos de “filosofía árabe”, referimo-nos certamente a unha filosofía expressa na língua árabe, non a unha filosofía ligada à raça árabe (a maioria dos seus grandes filósofos pertenceram, de facto, a outras raças). No entanto, essa denominaçón tem o inconveniente de deixar de fora o Irán e com ele o mundo persa, tán rico culturalmente. Outra dificuldade está relacionada com o facto de existirem filosofias xudaicas (por exemplo, Maimónides) e cristáns (por exemplo, o pensador iraquiano do século IX Yahya ibn Adi) escritas em árabe. Por outro lado, no caso europeu também non falamos habitualmente de “filosofía latina”, mas de “filosofía cristán”. Num debate organizado há anos em Lovaina, entre arabistas e medievalistas de prestíxio, hoube consenso na preferência pola expressóm “filosofía islâmica”. Outra questón que convêm clarificar é o âmbito conceptual que a dita expressóm abarca. Está contida em si a teoloxía especulativa (o kalam), a mística (tasawwf) ou o direito islâmico (al-figh)? Reconhecendo que antes de al-Kindi e depois de Averróis hoube no mundo islâmico especulaçóns filosóficas de orientaçón muito diversa, e algunhas de indubitábel valor teórico, relacionadas directamente com a sabedoria oriental, com o gnosticismo e com a relixión, non costumamos incluí-las nos estudos de filosofía islâmica por serem alheias à tradiçón racionalista de raiz grega ou helenizante. Desde a sua inicial expansón na Arábia no primeiro terço do século VII (o calendário muçulmano inicia-se no ano 622, data da fuga de Maomé para a cidade de Medina), a nova relixión caracteriza-se por um apreço polo saber, começando pola aprendizaxem da leitura e da escrita. Entre os “hadiths”, ou ditos, do Profeta que se referem a esse assunto encontramos este: “Aprender um só capítulo de ciência é melhor do que axoelhar-se cem vezes em oraçón”. Apesar da inicial barbárie dos habitantes da Península Arábiga – a maioria deles pastores nómadas e camponeses, a que há que acrescentar os comerciantes instalados nas cidades -, em finais do século VIII o Império Islâmico estendia-se da Ásia Central até ao oceano Atlântico, sobre territórios de fecunda tradiçón científica, técnica e artística como a Síria, a antiga Mesopotâmia (actual Iraque), o Exípto, a Pérsia e a Índia.

ANDRÉS MARTÍNEZ LORCA

ESCRITORES HISPÂNOS (MARIANO AGUILÓ Y FUSTER)

Aguiló y Fuster, Mariano (Palma de Mallorca, 1825-1897). Poeta e bibliógrafo de la Renaixença catalana. A sua Bibliografía catalana mereceu em 1860 o galardóm da Biblioteca Nacional. A poesía, romântica, na sua maior parte em mallorquím e catalán, reuníu-se em L’enteniment i l’amor, Esperança, Amorosas, Llibre de la mort e Focs follets. Em 1866 foi proclamado “mestre en gai saber”.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (DEMETRIO AGUILERA MALTA)

Aguilera Malta, Demetrio (Guayaquil, 1909). Poeta equatoriano, ensaísta, contísta e dramaturgo. Ó princípio foi conhecido por unha notábel colecçón de contos “Los que se van” (Guayaquil, 1930), que é unha obra feita em colaboraçón com Joaquín Gallegos Lara e Enrique Gil Gilbert, que formabam xunto com José de la Cuadra e Alfredo Pareja o grupo de Guayaquil. Mentras estaba em Espanha estudando impressón em offset, surprehendeu-o a Guerra Civil. Uníu-se às tropas republicanas como reporteiro, e escrebeu “¡Madrid! reportaje novelado de una retaguardia heroica” (Barcelona, 1937), relatos vivos de sucessos locais no mesmo estilo de C. Z. (Canal Zone) Los Yanquis en Panamá (1935). O seu teatro foi bem recebido num país pobre em dramaturgos. A sua melhor obra é Lázaro ( com influências de Marcel Pagnol) e Infierno negro (1967), sobre a condiçón dos negros na história. A colecçón de contos Siete lunas y siete serpientes (1970) volta sobre a esixência da xustiza social para os pobres e despoxados, que xa fora tratada em “Los que se van”. As suas novelas mostram um progresso constânte em madurês e complexidade. O protagonista de Don Goyo (1933) simboliza com a sua grande forza o ímpetu criativo da xungla, mentras que La isla virgen (1942; refeita em 1954) presenta unha selva povoada polos filhos de Don Goyo, que se fundem com a maleza e as feras selvaxes, para vencer as forzas cégas do progresso. As suas novelas posteriores formam unha série de “Episódios americanos”: Una cruz en la Sierra Maestra (1960), sobre a Revoluçón Cubana; La caballeresca del sol (1964) sobre a amante de Bolívar, Manuela Sáenz; El Quijote de El Dorado (1964), sobre o conquistador Orellana; Un nuevo mar para el rey, sobre o descobrimento do Pacífico por Balboa e seus amores com unha xovem india; e El secuestro del general (1973), que é unha efectiva sátira contra a dictadura. O seu “realismo máxico” é um ingrediente importânte do estilo que Asturias, Carpentier e sobre tudo García Márquez forom adoptando nas suas últimas novelas.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN AGUILAR CATENA)

Aguilar Catena, Juan (Úbeda, 1888-1965). Xornalista, autor de contos e româncista romântico, dentro do estilo tradicional cheio de descripçóns coloristas. As suas obras mais importantes som: Los enígmas de Maria Luz (1919), Herida en el vuelo (1921), Disciplinas de amor (1923), Nuestro amigo Juan (1924), La ternura infinita (1926), Un soltero difícil (1928), ¡Va todo! (1929), Dos noches (1930), Úrsula, examíname (1931) e Lo que yo haría (1947).

OXFORD