
Se há unha questón especialmente controversa na biografia intelectual habermasiana é a das continuidades e descontinuidades com os seus “antepassados” da primeira xeraçón da Teoría Crítica, especialmente com Adorno e Horkheimer. Em xeral, relacionamos a Teoría Crítica com a chamada Escola de Frankfurt. Nessa cidade alemán, no seu Instituto de Investigaçón Social, xuntaram-se pensadores e cientistas sociais que questionabam aquela a que chamabam – em concreto, Horkheimer – “Teoría Tradicional”. Correlacionaram de modo inovador o teórico com os resultados das investigaçóns sociais e da psicanálise e foram, no período entre as duas grandes guerras, muito críticos tanto para com o marxismo dogmático, tendo em vista a sua aplicaçón na URSS, como para com o capitalismo e as suas derivaçóns fascistas. O nazismo tivo efeitos devastadores na Escola: exílio, perseguiçón e, nalguns casos, como o de Walter Benjamin, morte. Depois da guerra restabeleceu-se e foi campo fértil para o pensamento de Jürgen Habermas, considerado um membro da sua segunda xeraçón. Adorno e Horkheimer, angustiados pola guerra e atormentados polo significado histórico de Auschwitz, produziram unha interpretaçón extremamente pessimista do percurso iluminista europeu contra a qual Habermas reaxe. Seguindo Juan Carlos Velasco, poderemos assinalar unha série de semelhanças e diferenças entre Habermas e os seus predecessores: Horkheimer, que desconfia de Habermas por vê-lo como esquerdista, recusa-se a orientar a sua tese de habilitaçón, necessária na Alemanha para a carreira académica. Isto leva-o a recorrer a Abendroth, professor que supervisionará História e Crítica da Opinión Pública, publicada em 1962. O nosso autor descobrirá o tesouro iluminista, em grande parte dilapidado, da esfera pública, que tornará a protagonista inspiradora de todo o seu discurso teórico e político até a transformar no modelo normativo da democracia deliberativa. Para Habermas, os anos 60 e 70 som de busca constante de unha saída do pessimismo destilado pola obra dos pensadores da Escola de Frankfurt. Esixe-se um novo começo que possibilite o horizonte da emancipaçón. Nunha década revê de unha perspectiva social a teoria do conhecimento, sobretudo em “Ciência e Técnica como Ideoloxía” e “Conhecimento e Interesse”, ambos de 1968, com o obxectivo de resgatar um impulso emancipatório que fundamente o proxecto democrático. Na primeira obra, em vez da categoría de trabalho proporá a da interaçón que pouco a pouco se tornará, combinada com a filosofía da linguaxem, o fundamento do seu sistema filosófico à volta da racionalidade comunicativa.
MARÍA JOSÉ GUERRA PALMERO