EXPERIÊNCIA DA ELEIÇÓN RETARDADA (F36)

Que o passado non tenha forma definida significa que as observaçóns que fazemos de um sistema no presente também afectam o seu passado. Isto é posto de manifesto espectacularmente num tipo de experiência concebida polo físico John Wheeler, denominada a “experiência da eleiçón retardada”. Em síntese, unha experiência de eleiçón retardada é como unha experiência de dupla rendixa como o xá descripto em que tivéramos a opçón de observar o caminho que toma a partícula, salvo que na experiência de eleiçón retardada pospomos a decisón de observar ou non o caminho até xusto antes de que a partícula estê a ponto de chocar contra a parede detectora. As experiências de eleiçón retardada conducem a resultados idênticos ós obtidos se escolhemos observar (ou non observar) que caminho seguíu a partícula iluminando adequadamente as rendixas. Mas, nesse caso, o caminho que toma cada partícula, é dicer, o seu passado, é determinado muito despois de que a partícula tenha atravessado as rendixas e presumibelmente tenha tido que “decidir” se passa só por unha rendixa, e non produce interferências, ou por ambas rendixas, e sim produce interferências. Wheeler considerou inclúso unha versón cósmica da experiência, em que as partículas que intervenhem som fotóns emitidos por poderosos quásares a miles de milhóns de anos luz de distância. Essa luz podría ser bifurcada em dous caminhos e volta a enfocar até à Terra pola lente gravitatória de unha galáxia intermédia. Ainda que a experiência está mais alá do alcance da tecnoloxía actual, se puidéramos recolectar suficientes fotóns dessa luz, deberiam formar unha figura de interferência. Mas se colocamos um dispositivo para averiguar, pouco antes da detetaçón, que caminho tinha seguido a luz, a dita figura de interferência debería desaparecer. Nesse caso, a eleiçón sobre se toma um caminho ou ambos tería-se tomado fái miles de milhóns de anos, antes de que a Terra, ou inclúso o nosso Sol se tiveram formado, e apesar disto a nossa observaçón no laboratório estaría afectando a dita eleiçón. No presente capítulo temos ilustrado a Física Quântica utilizando a experiência da dupla rendixa. No que segue, aplicaremos a formulaçóm de Feynman da “Mecânica Quântica”, ó universo como um todo. Veremos que, tal como ocurre com unha só partícula, o universo non tem unha só história, senon todas as histórias possíbeis, cada unha com a sua própria probabilidade, e que as nossas observaçóns do seu estado actual afectam o seu passado e determinam as diferentes histórias do universo, tal como as observaçóns efectuadas sobre as partículas na experiência da dupla rendixa afectam o passado das partículas. O referido análise mostrará como as léis da natureza surxirom do “Big Bang”, mas antes de examinar como surxirom as léis falaremos um pouco sobre que som as ditas léis e algúns dos mistérios que suscitam.

STEPHEN HAWKING E LEONARD MLODINOW

Deixar un comentario