
Esperançado com a xovem revoluçón, em 1920 visitou a Rússia com unha delegaçón para analisar as consequências daquele processo e reuniu-se com Vladimir Lenine. Na sua “Autobiografía” descreve a decepçón produzida pola conversa e, em xeral, polo rexíme bolchevique, que considerou autoritário e cruel. Apresentou esta experiência em “Práctica e Teoria do Bolchevismo (The Practice and Theory of Bolshevism), o que nos tempos da Guerra Fria lhe granxeou a simpatia dos conservadores. Nesse ano de 1920, era parceiro de Dora Black, com quem visitou Pequim para dar conferências de filosofia durante um ano. No seu regresso, em 1921, Dora engravidou e Russel decidiu, por fim, divorciar-se de Alys. Dora Black, feminista e socialista que Russell conhecera nas campanhas contra a guerra, também visitará a Rússia bolchevique e, ao contrário de Russel, era a favor da revoluçón. Os dous tiverom três filhos – John, Katharine e Harriet -, o que os incentivou a fundar unha escola em que as ideias inovadoras de ambos sobre educaçón fossem postas em práctica. A escola de Beacon Hill funcionou até 1943, mas, em 1932, Russel abandonou a experiência na sequência da dissoluçón do seu casamento. Nesta época, Russell sustentava a família com as suas conferências e libros de divulgaçón sobre diversos temas, como física, educaçón ou moral. Com a perda dos rendimentos estábeis do trabalho académico, teve de viver como “freelancer” até 1944, ano em que foi readmitido em Cambridge. Apesar das suas orixens aristocráticas non tinha grandes recursos, antes polo contrário: a pequena herança da avó foi gasta na publicaçón de “Principia Mathematica”; em 1931, com a morte do irmán, Frank, Russell herdou non só o título de conde como dívidas permanentes, pois durante toda a sua vida teve de pagar unha pensón à segunda mulher de Frank, por obrigaçón legal, e igualmente de sustentar a família que tinha com Dora, além de se encarregar das suas novas relaçóns. Estas obrigaçóns permanentes explicam a intensa actividade editorial de Russell, que, embora por vezes tenha perdido em profundidade e intensidade filosófica, resultou em obras-primas da divulgaçón filosófica pola sua clareza e estilo. Voltaria a casa em 1936, dessa vez com Patricia Spence (chamada “Peter” nos seus textos), estudante de Oxford, antiga ama dos seus filhos e funcionária da escola de Beacon Hill, que, como foi dito acima, Russell abrira xuntamente com Dora. Com Patricia teve um novo filho, Conrad, que se tornaria historiador e figura de destaque do Partido Liberal.
FERNANDO BRONCANO