
Os gregos, que nos deixarom os nomes, as formas e os modelos clássicos da traxédia, da comédia, da épica, da lírica e da poesia pastoril e, de feito, de quase todos os xéneros literários conhecidos no Occidente, non desarrolharom um sistema de escritura adequado para o rexistro desta literatura até unha data tardía da sua história. Quando, a finais do século VIII a. C., o conseguiron alcanzar, xá a literatura exípcia, relixiosa ou secular, se tinha transmitido em rolhos de papiro durante mais de dous milénios; a literatura das civilizaçóns mesopotâmicas, inscripta em arxila, se remontaba a unha antiguidade mais ou menos igual de remota. Tinha habido, desde logo, um período de alfabetizaçón muito restrinxida nos grandes centros da civilizaçón micénica; encontrando-se tabuinhas com inscripçóns feitas em arxila que datam da segunda metade do segundo milénio em Pilos, Tebas e Micenas, no continente, e em Cnosos, em Creta. A escritura (conhecida como lineal B) parece unha adaptaçón ruda e rápida ó grego micénico da escritura cretense lineal A (ainda non descifrada, mas que quase seguro que non é grego); o novo sistema de escritura usaba-se, segundo os dactos de que dispomos, para listas de propriedades e simples rexistros legais sobre tudo (“largas listas de nomes, rexistros de gando, grán e outros productos, libros de contas de contábeis anónimos”). Non se conserva ningúm texto de unha qualidade sequera vagamente literária. Em qualquer caso, a ineficácia da escritura como instrumento de fim literário queda clara a primeira vista: carece tanto de economía como de claridade. Ó ser um silabário, non um alfabeto, o número de signos que há que memorizar (oitenta e sete) resulta excessivo. E a escritura non distíngue entre os sons que representamos como r e l, omite s inicial assím como m, n, r e s em fim de sílaba, etc. Os signos para pa-ka-na, por exemplo, representam o que em grego posterior será phasgana; ka-ko é chalkos; ku-ru-so, chrusos; pe-ma, sperma; pa-te pode ser pater ou pantes. Obviamente, sería quase impossíbel interpretar a escritura sem marxém de error a menos que o significado estivera indicado polo contexto, como o está neste caso, por ideogramas reconhecidos para espada, bronce, ouro, etc… Ainda assím, as desavênças entre os erudictos modernos sobre a interpretaçón dos signos é frequente. Quando, muito a finais do segundo milénio a. C., os palácios micénicos forom destruidos polo fogo, as tabuinhas de arxila com as suas extranhas marcas quedarom sepultadas nas ruinas; cocidas polo fogo até unha dureza de tixolo, permanecendo ocultas até que as pás dos excavadores as descubrírom em pleno século XX. Em Grecia perdeu-se todo recordo desta temperán era alfabetizada, se exceptuamos os “signos funestos” de Homero (a mensaxe levada por Belerofonte que decía “mata o portador” na Ilíada, 6, 168), que podem ser unha lonxana reminiscência disso, conservada sem comprendê-la pola tradiçón oral. Quando, muitos séculos mais tarde, os gregos voltarom a aprender a escreber, adaptarom, como antigamente, unha escritura desenhada para um idioma extranxeiro: um sistema fenício (semita do norte) usado em Síria. Mas esta vez adaptarom-no com um éxito absolucto: non só deu à luz um sistema de signos plenamente adequado ós sons gregos, senon que também melhorou o orixinal. A escritura semítica non indicaba as vocais; isto daba lugar a muitas malinterpretaçóns, e, em qualquer contexto que non fora muito obvio, esixía leitores e intérpretes experimentados. Para representar as suas vocais, os adaptadores gregos asignarom alguns dos símbolos consonânticos semíticos que para eles eram redundantes e criarom assím o primeiro alfabeto xenuino: um sistema de escritura que, pola sua economía e claridade, podía converter-se num meio de comunicaçón popular, e non só campo exclusivo de especialistas experimentados, o que tinha sido sempre nas civilizaçóns do Meio Oriente (e quase com seguridade na Grécia Micénica). A procedência fenícia do alfabeto está reflexado na lenda (Cadmo, rei de Tiro, que habería traído as letras para a cidade de Tebas, que fundou), e as letras forom conhecidas até tempos posteriores como “phoinikeia” (Hdt., 5, 58). Mas a data real (em oposiçón à mítica) da sua apariçón na Grécia resulta problemática. Os mais antigos exemplos que se conservam da escritura grega no novo alfabeto, mais bem alfabetos, xá que había significativas variantes locais) están todos incísos ou pintados em cerámica e, ainda que a data de ditos fragmentos é principalmente unha deduçón da história do estilo decorativo, existe um acordo bastante xeral sobre a combinaçón de todos eles para suxerir unha data da segunda metade do século VIII a. C. Procedem de todo o mundo grego: Ática, Beócia, Corinto, no continente; Rodas, ó Este, e Isquia, xunto á costa do sul de Itália, no Oeste.
P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)
