Arquivos diarios: 08/11/2019

ESCRITORES HISPANOS (ABD AL-MALIK IBN HABÎB)

Abd Al-Malik Ibn Habîb (Córdoba, 796 – 853). Gramático, mestre e primeiro historiador da Espanha musulmana. O manuscrito da sua História encontra-se na Bodleian Library em Oxford. Autor de certa inxenuidade, mistura feitos e lendas sem discriminaçón, e carece algo de método.

OXFORD

ESCRITORES HISPANOS (ABBÂD ABÛ ABD ALLÂH MUHAMMAD IBN)

Abbâd, Abû (Ronda, n. 1371). De família nobre, viaxou a Tlemcen, Salé e Fez, onde chegou a ser “Imâm” e “Kâtib” da mezquita de Qarawiyyîn. Destacou pela sua vida ascéptica e polas suas ideias. Instruíu a muitos discípulos e deixou unha obra importante, Comentários às sentenças de Ibn Atâ Allâh.

OXFORD

Imaxe

ESCRITORES HISPANOS (PEDRO ABAUNZA)

Abaunza, Pedro (Sevilha, 1599 – 1649). Investigador. Escrebeu uns comentários a Marcial que quedaron inédictos e outros sobre Los Decretos, estes últimos publicados no Novus Thesaurus Iuris Civilis et Canonici de Meerman (La Haya, 1751 – 1754, sete volumes).

OXFORD

BERKELEY (O TENEBROSO DA “GLORIOSA”)

Paralelamente, o apoxeu da sociedade de consumo xerou unha espécie de permissividade nos costumes, as apostas, o teatro e os bailes centravam o debate entre as diversas sensibilidades relixiosas acerca dos limites da moralidade. Mas as causas do confronto relixioso na Gran-Bretanha do século XVIII non procediam exclusivamente dos comportamentos morais, antes se misturabam com outras de grande importância política, social e económica, como os confrontos territoriais na Escócia, em Gales e na Irlanda, ou a independência dos territórios da América. O períplo vital de George Berkeley transcorreu, como vimos entre a Irlanda a Inglaterra e a América, além das suas viagens por França e Itália. A parte do século XVIII que lhe coube em sorte viver foi marcada pelos conflictos na Irlanda e na Escócia e pela independência das colónias americanas. Como non podia deixar de ser, as contradiçóns latentes nesses conflictos também se manifestabam na vida quotidiana dos cidadáns desses países. Berkeley fazia parte de unha sociedade convulsa marcada por grandes diferenças sociais. Xunto dele conviviam aristócratas, nobres, camponeses, fazendeiros, xornaleiros, colonos, trabalhadores industriais e artesáns, alguns deles enquadrados nunha incipiente classe média difícil de definir. A elegância partilhava o palco com a miséria, muitas vezes sem possibilidade de diferenciar libertinos e rufías, bufóns e pedantes, vigaristas e ladróns, que se misturabam apesar dos seus modos ou da sua vestimenta. A Revoluçón de 1688 inaugurara em Inglaterra unha nova situaçón de maior liberdade, conducente a unha incipiente separaçón de poderes que outorgou o poder lexislativo ao Parlamento, lonxe da inxerência da Coroa. Todavia, em muitas ocasións, a monarquia continuava a exercer o poder absolucto, a práctica do voto non estaba garantida e as elítes monopolizavam o Parlamento de facto, había deputados que tinham muitos dos seus familiares a desempenharem tarefas relacionadas com a sua própria actividade parlamentar. Naqueles tempos, o luxo convivia com o tifo e a insalubridade, e a violência nas ruas só era combatida com repressóm brutal por parte das instituiçóns. A evidência de unha enorme desigualdade social tornava-se cada dia mais insuportábel.

LUIS ALFONSO IGLESIAS HUELGA

LITERATURA CLÁSSICA GREGA (2)

Os gregos, que nos deixarom os nomes, as formas e os modelos clássicos da traxédia, da comédia, da épica, da lírica e da poesia pastoril e, de feito, de quase todos os xéneros literários conhecidos no Occidente, non desarrolharom um sistema de escritura adequado para o rexistro desta literatura até unha data tardía da sua história. Quando, a finais do século VIII a. C., o conseguiron alcanzar, xá a literatura exípcia, relixiosa ou secular, se tinha transmitido em rolhos de papiro durante mais de dous milénios; a literatura das civilizaçóns mesopotâmicas, inscripta em arxila, se remontaba a unha antiguidade mais ou menos igual de remota. Tinha habido, desde logo, um período de alfabetizaçón muito restrinxida nos grandes centros da civilizaçón micénica; encontrando-se tabuinhas com inscripçóns feitas em arxila que datam da segunda metade do segundo milénio em Pilos, Tebas e Micenas, no continente, e em Cnosos, em Creta. A escritura (conhecida como lineal B) parece unha adaptaçón ruda e rápida ó grego micénico da escritura cretense lineal A (ainda non descifrada, mas que quase seguro que non é grego); o novo sistema de escritura usaba-se, segundo os dactos de que dispomos, para listas de propriedades e simples rexistros legais sobre tudo (“largas listas de nomes, rexistros de gando, grán e outros productos, libros de contas de contábeis anónimos”). Non se conserva ningúm texto de unha qualidade sequera vagamente literária. Em qualquer caso, a ineficácia da escritura como instrumento de fim literário queda clara a primeira vista: carece tanto de economía como de claridade. Ó ser um silabário, non um alfabeto, o número de signos que há que memorizar (oitenta e sete) resulta excessivo. E a escritura non distíngue entre os sons que representamos como r e l, omite s inicial assím como m, n, r e s em fim de sílaba, etc. Os signos para pa-ka-na, por exemplo, representam o que em grego posterior será phasgana; ka-ko é chalkos; ku-ru-so, chrusos; pe-ma, sperma; pa-te pode ser pater ou pantes. Obviamente, sería quase impossíbel interpretar a escritura sem marxém de error a menos que o significado estivera indicado polo contexto, como o está neste caso, por ideogramas reconhecidos para espada, bronce, ouro, etc… Ainda assím, as desavênças entre os erudictos modernos sobre a interpretaçón dos signos é frequente. Quando, muito a finais do segundo milénio a. C., os palácios micénicos forom destruidos polo fogo, as tabuinhas de arxila com as suas extranhas marcas quedarom sepultadas nas ruinas; cocidas polo fogo até unha dureza de tixolo, permanecendo ocultas até que as pás dos excavadores as descubrírom em pleno século XX. Em Grecia perdeu-se todo recordo desta temperán era alfabetizada, se exceptuamos os “signos funestos” de Homero (a mensaxe levada por Belerofonte que decía “mata o portador” na Ilíada, 6, 168), que podem ser unha lonxana reminiscência disso, conservada sem comprendê-la pola tradiçón oral. Quando, muitos séculos mais tarde, os gregos voltarom a aprender a escreber, adaptarom, como antigamente, unha escritura desenhada para um idioma extranxeiro: um sistema fenício (semita do norte) usado em Síria. Mas esta vez adaptarom-no com um éxito absolucto: non só deu à luz um sistema de signos plenamente adequado ós sons gregos, senon que também melhorou o orixinal. A escritura semítica non indicaba as vocais; isto daba lugar a muitas malinterpretaçóns, e, em qualquer contexto que non fora muito obvio, esixía leitores e intérpretes experimentados. Para representar as suas vocais, os adaptadores gregos asignarom alguns dos símbolos consonânticos semíticos que para eles eram redundantes e criarom assím o primeiro alfabeto xenuino: um sistema de escritura que, pola sua economía e claridade, podía converter-se num meio de comunicaçón popular, e non só campo exclusivo de especialistas experimentados, o que tinha sido sempre nas civilizaçóns do Meio Oriente (e quase com seguridade na Grécia Micénica). A procedência fenícia do alfabeto está reflexado na lenda (Cadmo, rei de Tiro, que habería traído as letras para a cidade de Tebas, que fundou), e as letras forom conhecidas até tempos posteriores como “phoinikeia” (Hdt., 5, 58). Mas a data real (em oposiçón à mítica) da sua apariçón na Grécia resulta problemática. Os mais antigos exemplos que se conservam da escritura grega no novo alfabeto, mais bem alfabetos, xá que había significativas variantes locais) están todos incísos ou pintados em cerámica e, ainda que a data de ditos fragmentos é principalmente unha deduçón da história do estilo decorativo, existe um acordo bastante xeral sobre a combinaçón de todos eles para suxerir unha data da segunda metade do século VIII a. C. Procedem de todo o mundo grego: Ática, Beócia, Corinto, no continente; Rodas, ó Este, e Isquia, xunto á costa do sul de Itália, no Oeste.

P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)