Xá antes da publicaçón de A Revoluçón Copernicana, Kuhn começara a tirar apontamentos sobre as questóns epistemolóxicas que mais lhe interessavam, em especial sobre a natureza das grandes mudanças no desenvolvimento do conhecimento científico: os temas que depois haberia de consolidar na sua segunda grande obra A Estructura das revoluçóns Científicas. Com o primeiro libro, Kuhn mostrara ao público que era um bom historiador da ciência; com o segundo queria mostrar que também era um bom filósofo da ciência. Nos primeiros anos depois da sua publicaçón, A Estructura das Revoluçóns Científicas non tivo a ressonância que Kuhn esperaba. Ele próprio conta que escreveu o libro a pensar em primeiro lugar nos filósofos da ciência. Só que eles, pelo menos naquele momento, non se mostrarom especialmente impressionados. Hoube algunhas recensóns do libro em revistas de filosofia, que non forom muito positivas. Nessa época, ainda dominada, em grande medida, pelos herdeiros do positivismo lóxico, a opinión da maioria dos filósofos da ciência parece ter sido que o libro de Kuhn era o texto de um historiador da ciência, que dizia cousas interessantes, sem dúvida, mas que non tinha muito a ver com as questóns xenuínas da filosofia da ciência. Por outro lado, no campo dos historiadores profissionais deu-se o efeito paralelo e contraposto: com o libro, Kuhn teria passado para o lado dos filósofos e teria deixado de ser um verdadeiro historiador. Curiosamente, e para surpresa do próprio Kuhn, o primeiro âmbito disciplinar em que o seu libro teve um verdadeiro impacto foi o das ciências sociais, em particular, o da socioloxía da ciência. Com efeito, na abordaxem kuhniana há unha entidade sociolóxica que desempenha um papel preponderante como “portadora de um paradigma”: as “comunidades científicas”, ou sexa, pequenos grupos de pessoas que investigam determinado campo, partilhando unha série de ideias básicas e interrelacionando-se de forma estreita. Tais comunidades son, em boa parte, independentes dos obxectivos e das estructuras das instituiçóns, Estados, empresas, etc… , com que, sem dúvida, están relacionadas de algunha forma, mas non son essenciais para compreender a natureza intrínseca da investigaçón científica. Esta orientaçón “microssociolóxica” no estudo da ciência rapidamente despertou o interesse de unha nova xeraçón de sociólogos, apesar de non ter sido neles que Kuhn pensara em primeiro lugar ao publicar o seu libro.
Quando se penetra no nosso país, desde Portugal, a fermosura da paisaxém non permite pensar em cousa algunha. Mas antes de vadear o Minho, polos encantados lugares nos que as àguas pertencem a dous reinos diferentes, é impossíbel escapar à diversidade de reflexóns que surxem na nossa alma. Céu e Terra afirman a unha voz que os que alí viven som nossos irmáns; que a bandeira azul e branca dos Braganças, cobre a povos de sangre galega. A sua fala é tán nossa como os seus mares. As nossas montanhas salvam todo limíte, e com os seus brazos de granito unem, como noutros tempos, ós que tenhem unha mesma orixém, unha mesma história. Às veces arraigada em terra de ambas naçóns a arbore, dá sombra a xentes que sendo unas, se tenhem por diversas. Nos separam mais duramente do resto da peninsula as àsperas alturas do Manzanal, e a estepa de Terra de Campos o limíte mais acusado do território galego, que non é o caso do Minho e das cordilheiras de Penagache e Esculqueira. Desde que as àguas do nosso grande río correm unidas ó mar, o ar, a estaçón, o home e as ondas som iguais em ambas ribeiras. Caminha e A Guarda, pontos avanzados, se miram nas mesmas àguas. Os raios do Sol as firem por igual: as cançóns que resoam no ar tenhem unha só cadência; os páxaros aquáticos pousam o seu voo indistintamente em ambas marxens, que agora se chamam fronteiras. As pequenas ilhas, que cobertas de verdura parecem flotar indecisas sobre as àguas irmandadas, pertença de uns e de outros; os barcos que cruzam as ondas irritadas parecen feitos para viaxar e combater xuntos baixo um mesmo pabilhom. ¿Por qué están separados? Só o céu o sabe; ainda que é certo que aquelas xentes, filhas de um mesmo pai, alimentam entre sí rencores como os de Caín e Abel. Se duvidamos de que som unos, nos-lo diría a fereza com que se combatem, o mútuo despreço que se profésam, o duro dos ódios que a cada momento se levantam no seu corazón com redobrado ímpetu e furor. Héis aquí, que despois de saúdar a fronteira galega e de ver desde terra portuguesa passar diante da nossa vista, como encantado panorama, A Guarda com o seu promontório, as aldeias que povoam o val do Rosal e os diversos eidos que branqueiam ó largo da costa, nos momentos de estreitamento do rio, divisam-se claramente as diferentes povoaçóns da Galleira, xá se ouvem as cantigas da Terra, (…) O que entra ó nosso país por tán encantadores lugares, elhe impossíbel negar que poucos paisaxens podem comparar-se com estes que se presentam diante dos nossos olhos. De um lado a ribeira portuguesa coberta de frondosa vexetaçóm, aparecendo a pequena colina amuralhada de Valença. Do outro Tui, que desde a altura extende as suas ruas em declíve, ó longo das barreiras, entre hortas e xardíns, como quem vai buscando as àguas e as sombras do seu rio bem amado. Ó que tenha gozado dos agrestes e solitários desfiladeiros de Pedrafita e Nogais, encantadas Tebaidas onde se perdem e apagam os ruídos do mundo, a visón de Tui e dos seus poéticos arredores o surprêndem e maravilham, presentándo-se à sua vista como habitada pelos deuses. A fábula que fai deter alí ao filho de Diomedes, no é mais sorrinte que aquel Céu e aquela terra fermossíssima. A adelfa, que medra apenas nos desolados cauces dos quais é o único adorno, torna-se aquí unha árbore que se cubre de eternas flores purpúreas. A camélia fai-se tamém árbore; a laranxeira, coberta de frutos dourados, chega à altura dos castanheiros que medram ó seu redor. O dia, no que estas comarcas sexam mais frequêntadas, Tui será unha estaçón priviléxiada. Quando os vapores remontem o rio e rompam aquelas àguas apacíbeis e como dormidas, verá-se que non há nada mais fermoso que estas correntes e as suas frondosas marxens. Desde Tui a Salvaterra, perto de nove léguas, a paisaxém é das que quedam grabadas na alma e para sempre o seu imperecedeiro recordo. (…) Hái-nos que estám xá acostumados à fermosura sem limítes destes campos galegos, non se passa por estes lugares encantados, sem admiraçón e asombro. É impossíbel que em parte algunha da terra se encontre lugar mais apacíbel, mais fresco, mais cheio de luz. O tíbio do ar, o suave dos matices, o brando dos rumores, a luz, as folhas, os céus, a sossegada corrente, tudo encanta e embelesa. ¡Oh dulcíssimas soidades, eternalmente xovens e fermosas, digno límite de este país galego, tán pródigo em semelhantes espectáculos, se surpreendesteis a um corazón habituado à vossa beleza, qué farás, dí-nos, aos que acostumados às austeridades e à gravidade da estepa, lonxe das cousas risonhas, cruzam por primeira vez estes caminhos e contemplam estas ribeiras cobertas de folhas e de verdura, povoadas de rumores, que semelham as antigas melodias, deixam no corazón os seus monotonos e indescifrábeis encantamentos! As almas doentias, as que presa de inextinxíbeis inquietudes buscam o retiro solitário, as ondas silenciosas, as calzadas umbrías; os que amam a natural eloquência dos seres inanimados, atopariam facilmente nestes sítios quanto deba enchê-los de calma bemfeitora tán necesária. (…) A sua melancolía fere; a sua beleza enxendra pensamentos risonhos; (…); as horas passam caladas e lentas como as àguas do rio; as paixóns perdem a sua impetuosidade; as afeiçóns ganham em intensidade e duraçón; o home, em fím, parece reflexar em sí mesmo algo da beleza e da tranquilidade dos paisaxes que o rodeiam.