Arquivos diarios: 04/11/2019

POPPER (NASCER, DESEMVOLVER-SE E MORRER)

A publicaçón de A Sociedade Aberta e os Seus Inimigos e de A Pobreza do Historicismo levou a que oferecessem a Popper unha vaga na London School of Economics. Em 1946, os Popper emigraram para Londres, desta vez definitivamente. Em 1949, e sem abandonar o lugar na London School of Economics. Popper foi nomeado professor de Filosofía da Ciência na Universidade de Londres. A partir dos anos 50, a reputaçón de Popper foi-se consolidando. Para isso contribuiu, em especial, a traduçón para inglês de A Lóxica da Pesquisa Científica, que até entón só existia em alemán. A versón inglesa é unha revisón e unha ampliaçón da obra orixinal. A partir de entón, a obra primitiva de Popper foi divulgada por todo o mundo e traduzida para muitas outras línguas, entre elas o português. Nos anos 60 e 70, Popper publicou os seus últimos dous grandes libros de filosofía da ciência, Conxecturas e Refutaçóns e Conhecimento Obxectivo, prontamente traduzidos para as principais línguas europeias. Na primeira obra, Popper refina e desenvolve as ideias expostas na sua grande obra anterior; a principal novidade é a introduçón do conceito de “verosimilitude”, ou aproximaçón à verdade, que exporemos no próximo capítulo. Em Conhecimento Obxectivo, Popper desenvolve unha teoría dinâmica do conhecimento humano em xeral, implicitamente em respostas ao desafio feito anos antes por A Estructura das Revoluçóns Científicas, de Thomas Kuhn. Para tal, inspira-se na teoría da seleçón natural de Darwin: as nossas ideias sobre o mundo que nos rodeia, e sobretudo as nossas ideias científicas, resultam do esforço para nos adaptarmos a esse mundo e resolvermos os problemas que nos son apresentados, e, tal como no caso das espécies animais e vexetais, há ideias e teorias mais adaptadas que outras aos problemas que enfrentam, mas, definitivamente, todas nascem, se desenvolvem e morrem.

C. ULISES MOULINES