
UNHA EMPREITADA DE DES-SUBXECTIVAÇÓN…
“Os autores mais importantes que, non diria formaram, mas que permitiram desmarcar-me da minha formaçón universitária foram pessoas como Bataille, Nietzsche, Blanchot, Klossowski, que non eram filósofos no sentido institucional do termo, e algunhas experiências pessoais, é claro. O que mais me impressionou e fascinou neles concedeu a especial importância que têm para mim, é que o seu problema non era a construçón de um sistema, mas a construçón de unha experiência pessoal. Por outro lado, na universidade, treinaram-me, formaram-me, forçaram-me a aprender esses grandes monumentos filosóficos que se chamabam hegelianismo, fenomenoloxía… A experiência do fenomenólogo é, basicamente, unha forma de colocar um olhar reflexivo sobre um obxecto qualquer do vivido, sobre o quotidiano na sua forma transitória para captar os seus significados. Para Nietzsche, Bataille, Blanchot, polo contrário, a experiência é tentar chegar a um certo ponto da vida o mais próximo possíbel do invivíbel. O que é necessário é o máximo de intensidade e, ao mesmo tempo, de impossibilidade. O trabalho fenomenolóxico, polo contrário, consiste em desdobrar toda a gama de possibilidades ligadas à experiência quotidiana. Além disso, a fenomenoloxía tenta compreender o significado da experiência quotidiana para descobrir em que medida o suxeito que eu son é efectivamente fundador, nas suas funçóns transcendentais, dessa experiência e dos seus significados. Em contrapartida, a experiência segundo Nietzsche, Blanchot e Bataille tem por funçón arrincar o suxeito de si mesmo, de forma a que xá non sexa ele mesmo ou se vexa transportado à sua aniquilaçón ou à sua dissoluçón. É unha empreitada de des-subxectivaçón.”
MIGUEL MOREY
