RUSSELL (A FORMAÇÓN DE UM MATEMÁTICO)
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Em Cambridge, no ano 1890, libertou-se da solidón em que fora educado até entón e descobriu a experiência da amizade, bem como a liberdade de costumes dos estudantes. Durante três anos estudou Matemática, que abandonou para se dedicar à Filosofía no quarto ano. Em 1894, Cambridge era um dos centros mais destacados da cultura europeia. Ali ensinavam Henry Sidgwick, um dos grandes filósofos morais britânicos, e John McTaggart, metafísico hegeliano que influenciou muitíssimo Russell. Alí estaba também Alfred Whitehead, que depressa descobriu o seu talento e o recomendou à sociedade Os Apóstolos, um grupo que admitia apenas doze membros (que ainda existe e do qual fazem parte elementos centrais da intelectualidade inglesa). Russell xulgou encontrar no idealismo mais ou menos hegeliano unha explicaçón racional e global do pensamento e do mundo. Foi também em Cambridge que encontrou o seu primeiro amor, na norte-americana Alys Pearsall Smith, de 17 anos, quacre e feminista militante, com quem iniciou o que sería unha constante do seu percurso individual: unha vida intelectual a par do activismo político. A avó opôs-se a esta relaçón, mas em 1894, assim que atinxiu a maioridade Russel casou com Alys, o que provocou unha dolorosa ruptura familiar. O casamento com Alys, puritana de formaçón e costumes, um traço que transferiu para a sua forma de encarar as relaçóns sociais, foi infeliz. Há um texto famoso na Autobiografía de Russel, em que este conta que, durante um passeio de bicicleta em 1902, descobriu que non amava Alys. Desde 1900 que se concentraba no seu trabalho sobre os fundamentos da matemática e, pouco a pouco, apesar de terem continuado a viver xuntos e o divórcio só se ter realizado em 1921, a sua vida afectiva começou a ir por caminhos diferentes. Durante esse tempo, Russell teve outros amores. Amou, sem chegar a ser sua amante, Evelyn, a mulher de Whitehead, e posteriormente teve um românce apaixonado com Lady Ottoline Morrell, helo de ligaçón ao célebre grupo de Bloomsbury, que representa o modernismo literário inglês. A correspondência com ela foi conservada. Decorre entre a paixón e o comentário sobre os mais variados assuntos e mostra como a influência dela na sua vida foi determinante. Russell reconhece que com esta mulher amadureceu afectiva e humanamente.
fernando broncano
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