.
ALMAS DO OUTRO MUNDO
Santo Lactâncio, Santo Basílio e Santo Ambrósio, eram da opinión de que a alma, a mais sublíme criaçón de Deus, non pode vagar neste mundo, senón dentro de um corpo vivo; morto o corpo, a alma como fluído invissíbel, baixa òs confins do inferno, ou eleva-se às rexións celestes, sempre segundo um merecimento. Santo Agostinho, escrebéu “Nec tamen in us fierii menten bestialen sed ractionalen humana, etc…” Mas, cré-se, que as almas pecadoras andan errantes e se metem noutros corpos vivos, até obterem o perdón de Deus, como afirmabam Plinio e outros sábios gregos. No tempo em que había fé e temor de Deus, estes feitos, eram muito frequêntes, e aparecíam às vezes pessoas doentes, que practicabam actos contra a sua vontade, tendo desmaios, atáques de nervos, rasgábam-se e practicabam mil disparates. Estes padecentes, que o povo afirmaba terem ò demónio no corpo, eram víctimas dos pecados alheios; pois dentro do seu corpo tinham outra alma ademais da sua, e esa alma que había de ser dum pecador conhecido, lhe causaba os maiores incómodos, mentras non conseguira a benevolência de Deus, para poder entrar no purgatório ou no paraíso. Nesses bons tempos había Conventus, e neles había frailes sábios, que com os seus exorcismos, faciam sair o Spírito errante do corpo onde tinha tomado abrigo, quedando a pessoa libre de tán cruel companhía. Hoxe, non se acredita sequera na existência da alma, e nos poucos conventos que quedam, está prohibído curar éstas enfermidades sobrenaturais. Por isso tanta xente sofre e morre, podendo ter-se salvado. Santo Athanásio afirma que as almas dos simples pecadores, non fán nem bem nem mal; mas as almas dos grandes criminais e dos malvados, son uns Spíritus malígnos, fán os seus sábados, e atacam com preferência as … non… deixando descansar, e atacan as bodegas estragando o vinho, molestando a xente e a todo animal vivo.
manuel calviño souto
Publicado en Uncategorized