Arquivos diarios: 31/12/2018

LEIBNIZ (ARTICULAR MATEMÁTICA COM DIREITO)

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               A reflexón levada a cabo no pequeno bosque de Rosenthal confrontou Leibniz com a realidade: tinha de aprofundar o estudo da matemática, que, como vimos, non era o forte da Universidade de Leipzig.  Por este motivo, durante o semestre de verán de 1663 pede transferência para a Universidade de Jena, onde dava aulas Erhardt Weigel, um matemático de renome, além de filósofo moral e do direito, que tentava dar resposta às contradiçóns dos escolásticos com demonstraçóns matemáticas nas suas aulas.  Weigel teve unha grande influência em Leibniz também com os seus escritos, nos quais, baseando-se no método demonstractivo de Euclides, empreendia unha reforma da filosofía e da ciência, propondo a reconciliaçón entre Aristóteles e os modernos como Bacon, Hobbes e Gassendi, sob a ideia de unha “scientia generalis (ciência xeral); é preciso destacar aqui que Weigel só se permitia fazer alguns comentários críticos sobre Descartes nas suas aulas, xá que este estaba proscrito das universidades alemáns – sobretudo das faculdades de teoloxía, tanto católicas como protestantes -, pelo que nenhum professor ousaba defender as ideias cartesianas em público sob pena de ser expulso da sua cátedra.  Isto fez com que surxissem sociedades mais ou menos secretas onde se podía discutir com liberdade as ideias filosóficas; era este o caso da Societas quaerentium, presidida por Weigel em Jena, que reunía semanalmente estudantes e professores.  A partir deste momento, Leibniz aprende a frequentar este tipo de associaçóns, nas quais era possíbel trocar verdadeiramente o saber, unha actividade que repetiria nas diversas cidades europeias que visitou ao longo da sua vida.

concha roldán

“SOPLÓN” E “GORRÓN”

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               A um artista que comezaba a ser famoso e que, por frequentar o “Molino Rojo” do Paralelo, acreditaba estár destinado à gloria de Toulouse Lautrec, aínda lhe adeudo cem pesetas; vinte machacantes do ano 60, que xa nunca poderéi devolver, porque non recordo nem o seu nome.   Ós anarquistas do Paralelo debo-lhes um sentido da vida, dívida mais impagadeira todavía.  E áqueles polícias chulangáns e corrompidos, debo-lhes a “manta de hostias” que me arrearom, quando descubriron que era amigo de anarquistas, e que andaba de “soplón”: de “gorra” e de “soplón”!  Ir de “gorra” era o de menos, porque tampouco eles pagabam e tinham “barra libre” em todos os “tugúrios” e todos os “garitos”, mas descubrir que era um “cantarra” sentou-lhes muito mal.  E moeron-me a paulazos, e graças que non me detiverom por “comunista”, que houbera sido pior.  No fundo, foi um detalhazo.  A vinganza, nunca me pareceu um sentimento nobre; mas a tunda foi tal que, quando descubrim que ó Mellado lhe tinham pegado um “sifilazo” incurábel, me alegrei de todo corazón.  As putas do Barrio Chino, pagadas por algúm mafioso cansado de extorsóns e “mordidas”, tinham-se confabulado para perder ó Mellado.  E encargarom à mais podre de todas, a “Veneno”, assí se chamaba, para que lhe pega-se o mal.  Quando o Mellado estaba borracho xa non miraba com quem se encamaba.  E, algunha vez a punta de pistola, tinha votado da cama dunha puta a outro cliente, que xa tinha pagado o “serviço”.  O Mellado, era um “poli” de “película”; chulería pura e matonismo legalizado: um autêntico “rei da noite” e “capitán de bandoleros”.  Com tanto desarranxo, raro que o mal non o houbera colhido antes,  Ao descubrir a infecçón, quixo matar a Veneno, dum tiro no conho; mas, para entón a Veneno, consciente das consequências do encargo cumprido, xa se tinha esfumado.  Entón, o Mellado quixo liquidar a todas as putas que tinha “traxinado”; e as outras tamém.  Non tivo tempo!  A Sífilis foi maligna e instantânea!  Enseguida tiveron que levá-lo ó hospital, secçón de incurábeis.  O mal foi, que xá vinha incubando fai tempo.  Enterrado com grandes honras, e feitas as loas fúnebres pelo mesmo xefe superior da polícia. 

javier villán e david ouro