JOHN LOCKE (A VERDADE OBXECTIVA)
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Se no início do século XXI, mais de trezentos anos após a sua morte, John Locke continua a ser um dos filósofos mais respeitados, non é por ter legado um sistema perfeito que continue a ser aceite total ou substancialmente. O papel que Locke atribuía à filosofía (non só à sua, mas também a toda a disciplina como campo de actividade humana) consistía em explicar e defender a verdade que, em seu entender, existia obxectivamente, para lá dos desexos e das inclinaçóns dos seres humanos, e que também se podia conhecer, pelo menos, em parte. Poucos pensadores defendem hoxe unha concepçón tán firme da verdade e tán optimista do conhecimento e, destes poucos, aínda son menos os que acreditam que John Locke tenha atinxido por completo o seu obxectivo filosófico. Os dois fundamentos sobre os quais assenta toda a sua doutrina, um Deus omnipotente e bondadoso e unha razón humana entendida como dom divino para chegar até ele, foram demasiado questionados nos três séculos de filosofía, desde Locke até aos dias de hoxe, para aceitarmos as suas ideias cegamente. A crença em que essa verdade de tipo obxectivo, que o filósofo debe conhecer e mostrar aos seus semelhantes, possui um valor vinculativo e obrigatório acerca do modo como vivem os homens, choca frontalmente com alguns dos valores contemporâneos mais enraizados. E, no entanto, o filósofo inglês, mantém-se como um pensador de referência.
sergi aguilar
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