Categorías
Arquivo
- Agricultura Alimentación Anonymous Arquitectura Astronomía Blogs para curiosear Bos desexos Cerebro Cine Darío e Breixo Economía Educación Frutais Futuro Historia Humor Indignados Libros Lingua Literatura Medios de comunicación Monte Comunal Natureza Poesía Política Procomún Publicidade Sidra Socioloxía Software libre Tradicións Viaxes Xadrez
Os nosos blogs
Arquivos diarios: 18/12/2018
DAVID HUME (UNHA VISÓN NATURALISTA DO HOME)
Como se desenvolve este itenerário? Começa com a teoría do conhecimento assinalando, entre outras cousas, que a razón por si mesma só nos leva às verdades da matemática, mas que se quisermos saber se a queda de um asteroide na Terra pode apagar o Sol ou se um home pode controlar a traxectória orbital dos planetas (cousas que a “priori” podemos conceber perfeitamente), temos de nos socorrer da experiência. Esta ensina-nos que estes factos non ocorrem, mas non nos indica que non possam ocorrer. Isto é, tudo aquilo que os sentidos nos transmitem aparece como algo continxente, portanto, teremos de aprender a viver com esta continxência, com crenças baseadas em expectativas razoáveis. Mais, isto tem a vantaxem de evitar o dogmatismo, de fazer com que estexamos sempre preparados para aceitar as novidades que a experiência nos pode fornecer. E o que fazer com tudo aquilo de que a experiência nos fala? A conclusón é taxactiva: será mera “xíria”, xíria metafísica que por si só xá sería ridicula, mas que quando se mistura com a superstiçón torna-se perigosa. Por isso, as críticas às noçóns metafísicas de “substância”, “eu” ou “necessidade” acabam por se materializarem nunha visón naturalista do homem e numa crítica aos supostos fundamentos racionais da relixión. A existência de unha divindade non pode ser provada e toda a experiência de que dispomos indica-nos que somos seres finitos, cuxa vida acaba por completo com a morte física. Em suma, Hume, antes de Nietzsche, experienciou a morte de Deus. O home ficou sozinho. De facto, sempre o tinha estado. mas só entón isso foi reconhecido de forma cabal. Isto é um motivo de desespero? Nón, é um motivo para modificar o nosso código moral. Devemos reconhecer valores como a utilidade e o imediatamente agradável, porque só nesta reconciliaçón com a nossa natureza podemos encontrar a felicidade. E como a nossa felicidade depende nunha medida muito importante dos restantes, a ordem social é um tema que tem que ser investigado. Viver nunha sociedade xusta, na qual sintamos que os nossos interesses están protexidos, torna-se essencial. Num momento de pessimismo, Hume escreveu: “Para um filósofo e historiador, a loucura, a imbecilidade e a maldade da humanidade deveriam aparecer como acontecimentos normais”. Mas isto é apenas parte da verdade. Também existe progresso histórico no que toca à riqueza e à sociabilidade. Terá de ser estudado o que o favorece. Esta é a viaxem filosófica que encoraxamos o leitor a empreender, com os respectivos ponto de partida e ponto de chegada.
Publicado en Uncategorized
