“DERECHA ¡AR!” (A PUTA MILI D’UM ESPANHOLITO)
.
Chamo-me Sebastián Villegas Zapata, soldado que fum da Arma de Infantaría. Tal aficçón me tomarom no quartel, que me licenciéi com algunhas semanas de atraso, por questóns baladíes de calabozo e indisciplina. Non sei o que será da minha vida de agora em diante; mas o que até agora foi, pouco tivo de exemplar. Non o digo com orgulho, senón com certo pesar e contriçón. Ó final, non conseguím com a minha rebeldía, mais liberdade do que tería conseguido com a submisón. Mas, nem o deploro, nem me encho de soberba: fago-o constar como unha simples relaçón de feitos. Eu tinha espírito de desertor e, nada mais pisar quartel, esse espírito rebrotou com violência. Hoxe, nada daquilo prevalece, aínda que haxa cousas das que había que desertar por obrigaçón de consciência. Polo tanto, resulta fácil compreender que, no quartel, non me fora de todo bem. Os meus amigos anarquistas do Paralelo barcelonés, tinham-me metido nos miolos que o patriotismo pode ser um refúxio para canalhas; e que os quarteis eram o lugar inviolábel desse patriotísmo. Eu, com a inocência um pouco cimarrona dos meus escassos anos, tinha acreditado firmemente nisso. E puidem comprobar que era bem verdade. Polo qual, resulta fácil compreender, a quecília que me tomarom muitos daqueles homes galonados e estrelados. Non merece a pena, dar-lhe muitas voltas: fixerón o que tinham que fazer. E, acaso, poderiam ter feito mais, de non ser porque em quase todos os homes há sempre unha migalha de compaixón, ou de indiferença. Ó fim de contas, estou libre para contá-lo. Ou sexa que, ó melhor, non foi para tanto. O Paralelo é, ou era, para mím um lugar sagrado. E místico. Igual podías ser o chulo de unha puta, que o cúmplice de um anarquista, o mesmo eras confidente de unha maricona amarga, que báculo de unha corista desvencelhada; inclúso podías emborracharte com um polícia da secreta, mais corrupto e delinquente que aqueles que afirmaba perseguir. Estes “bófias” eram os verdadeiros amos do Paralelo, e tinham dereito de pernada sobre todo o puterío de todo o “Barrio Chino”, que non é que fora igual que o Paralelo, mas estaba perto. Non era difícil, nas madrugadas canalhas, empapar-nos de “güisqui”, e sonsacar-lhes ós “maderos” confidências sobre redadas e dactos sobre vixilâncias; contemplar sobornos, cousas; e logo “passar a água”. Non era que a “pasma” se descosera da boca, como todos os borrachos; era que lhes daba igual. Estabam do lado da “ordem” e nada podía ocurrer-lhes; estabam porriba da léi e essa presunçón omnipotente non a deitaba por terra “um morto de fame” coma mím. Tentado estivém algunha vez de ir à comissaría de Vía Layetana, perto do porto, e empezar a largar. Mas, quem me faría caso. E, vai tu saber se, em vez de tomar-me em conta, non me houberam “enchiqueirado” por “comunista”. Decir-lhe à “pasma”, que os meus amigos do Paralelo detestabam os comunistas, non houbera servido de nada. Polas razóns que fora, tudo o malo, para a polícia, se chamaba “comunista”. Non había distíngos. Aqueles polícias determinabam a peligrossidade política a altas temperaturas alcohólicas entre as sábanas de um burdel.
javier villán e david ouro
Esta entrada foi publicada en
Uncategorized.
Ligazón permanente.