Arquivos diarios: 11/12/2018

ZOLA (PROPAGANDA E POLÉMICA)

.

               Nos primeiros anos noventa Os Rougon-Macquart tocan ó seu fím:  O Dinheiro (1891), O Desastre (1892) e O Doutor Pascal, o último tomo, de 1893.  Mas, trás ésta labor titânica non se dá por satisfeito, e neste momento, no que xá é unha celebridade europeia e que foi traduzido a todas as línguas cultas, dispon-se a comezar outro ciclo que reflecte as suas novas convicçóns socialistas e que non só describe a realidade do mundo, senón que ademais busca soluçóns para os seus males.  Así, ó ciclo de A Família, sucede unha série monográfica, a triloxía titulada Três Cidades, que intégran Lourdes (1894), Roma (1896) e París (1898).  O românce convertíu-se para el em arma de propaganda e de polémica, e o fragor da luta ideolóxica e política vai absorver-lhe cada vez mais, sobre tudo quando decíde intervir no embrolhado “Caso Dreyfus”, erixindo-se em defensor do oficial xudéu acusado de alta traiçón.  Carta à Xuventude (1897) mostra xá unha postura decidida que lhe trái as críticas mais ferozes por parte dos enconados enemigos de Dreyfus, e o seu determinado artigo ¡Eu Acuso!, publicado em “L’Aurore” de París o 13 de Xaneiro de 1898), convirtem-no no branco das iras de meia França.  Um mes mais tarde é condenado a úm ano de prisón e a três mil francos de multa por “insultos ao Exército”; refuxiando-se em Inglaterra, de onde regressa em 1899, e todavía se dedica à redacçón de um novo ciclo que titula Os Quatro Evanxelhos, evanxelhos laicos e socialistas nos que exalta as lutas do povo, como Fecundidade (1899), e Trabalho (1901); um terceiro volume, Verdade, está xá concluído, mas só se publicará póstumamente, xá que o 29 de Septembro de 1902, morre intoxicado polas emanaçóns de unha estufa.  A formidábel obra de Zola, copiosíssima, exaltada, xigantesca e desigual, tivo unha influênça enorme em toda a literatura do seu tempo.  As formulas do naturalismo pareceron à maioría dos seus contemporâneos um talismán que resolvía todos os problemas da literatura; habia que desconfiar da imaxinaçón e da inspiraçón, que eram resíduos românticos, e trabalhar com ordem e com método, documentando-se escrupulosamente e seguindo os cauces da ciência positivista.  O românce, facía-se obxectividade e verdade, como um apêndice da história natural e da medicina.  Afortunadamente para el, todos estes prexuízos pseudo-científicos – contra os que lhe tinha posto em guarda nada menos que o próprio Claude Bernard, alarmado polo abuso que podía fazer-se das suas teorías e estabelecendo as diferenças existentes entre as obras científicas e as de criaçón literária – non afogarom de todo as suas poderosas dotes de escritor.  Mas, na sua maioria, como acostuma acontecer, os seus discípulos imitarom o pior e forom verdadeiramente incapaces de ir mais alá do ríxido corset de unhas duvidosas teorías.  Considerando a Maupassant, cuxo naturalismo é só tanxencial, como discípulo de Flaubert, e ós Goncourt no seu papel de precursores da escola, bem pouco é o que queda do movimento naturalista francês.  Podería afirmar-se que os naturalistas franceses interesam-nos na medida em que non o som; os productos típicos da escola som hoxe cousas ilexíbeis e farragosas, e só os heréxes, por assí dicer, ou os rebeldes, fixéron algo que nos atrái.

r. b. a. editores, s. a. – barcelona