Categorías
Arquivo
- Agricultura Alimentación Anonymous Arquitectura Astronomía Blogs para curiosear Bos desexos Cerebro Cine Darío e Breixo Economía Educación Frutais Futuro Historia Humor Indignados Libros Lingua Literatura Medios de comunicación Monte Comunal Natureza Poesía Política Procomún Publicidade Sidra Socioloxía Software libre Tradicións Viaxes Xadrez
Os nosos blogs
A ESCOLA FENOMENOLÓXICA
A fenomenoloxía foi a base filosófica sobre a qual assentou o discurso existencialista. Talvez com a única excepçón de Albert Camus, cuxa obra ensaística non tem a Universidade como referência, os restantes autores chamados existencialistas pensam dentro dos códigos estabelecidos pela fenomenoloxía; as investigaçóns de Edmund Husserl son o seu ponto de partida. Em O Ser e o Nada, Sartre colocará o subtítulo “Ensaio de ontoloxía fenomenolóxica”, e o papel desempenhado pelo nada na sua reflexón é atribuível à leitura do Ser e Tempo de Heidegger, considerado, entón, um fenomenólogo mais ou menos heterodoxo. Também M. Merleau-Ponty, baseando-se nos escritos inéditos de Husserl, amplia e corrixe o caminho fenomenolóxico, em Fenomenoloxía da Percepçón (1945), a sua principal obra. E também será este o caso de Simone de Beauvoir, que em 1949 iria causar sensaçón com a publicaçón de O Segundo Sexo, um sucesso escandaloso (condenado pelo Vaticano, um millón de exemplares vendidos nos EUA), que rapidamente se viria a tornar o grande texto de reflexón no seio dos movimentos para a emancipaçón das mulheres, unha referência obrigatória. Surxida no início do século, na Alemanha, pela mán de Edmund Husserl, a fenomenoloxía apareceu em cena com unha clara vontade de fazer “tabula rasa”, de libertar a filosofía do fardo que carregava da metafísica, dialéctica e especulativa, que via reproduzir-se à sua volta, nos centros correspondentes de ensino e investigaçón. A sua decisón era de voltar a começar do zero, restaurando a filosofía passo a passo a partir de alguns poucos pontos. O alcance da sua pretensón tornou-se evidente se recordarmos que esse xesto repetia à sua maneira outros grandes momentos fundadores da filosofía, como a introduçón dos princípios lóxicos, com Parménides de Eleia, ou a abertura da modernidade com a certeza de Descartes. Agora, o grito de guerra com o qual a fenomenoloxía começa a mover-se é “há que voltar às próprias cousas”. Começou a andar partindo da primeira cousa com que se conta quando se trata das “próprias cousas”, com o fenómeno: a sua presença nos meus sentidos ou nos meus pensamentos; o modo como a cousa está presente na consciência; o modo como a consciência se relaciona com a cousa.
miguel morey
Esta entrada foi publicada en Uncategorized. Ligazón permanente.
