Categorías
Arquivo
- Agricultura Alimentación Anonymous Arquitectura Astronomía Blogs para curiosear Bos desexos Cerebro Cine Darío e Breixo Economía Educación Frutais Futuro Historia Humor Indignados Libros Lingua Literatura Medios de comunicación Monte Comunal Natureza Poesía Política Procomún Publicidade Sidra Socioloxía Software libre Tradicións Viaxes Xadrez
Os nosos blogs
MARX (O TORTUOSO CAMINHO PARA A FILOSOFÍA)
A 12 de Xulho de 1806, a Renânia passou a fazer parte da Confederaçón do Reno, unha associaçón de estados imposta por Napoleón I aos príncipes xermânicos depois da conquista destes territórios. Os “Junkers”, os vavaleiros da aristocrácia feudal, aceitaram-no relutantemente, esperando a sua hora. E a sua hora chegou em 1813, quando o ilustrado imperador foi derrotado na batalha de Leipzig. A velha ordem feudal renasceu das suas cinzas e o conglomerado de reinos, ducados, principados e cidades reestructurou-se na chamada Confederaçón Xermânica, constituída em 1815 no Congresso de Viena. Mas a história é irreversível e quando se pretende repetir só sai unha paródia. Como ensinava Hegel por essas alturas, as cousas nunca voltam a ser como dantes, pois o espírito que saboreou o mel da liberdade recordá-lo-á para sempre, mais tarde ou mais cedo, voltará a tentar. O Código Napoleónico imposto na Renânia era unha espécie de constituiçón, igual para todos os estados, em que, entre outras cousas, obrigava a unha declaraçón de direitos do home e do cidadán (incluindo o sufráxio universal para os homes) e um sistema parlamentar; os filósofos viram-no como a irrupçón da razón universal naquela ordem feudal de particularismos e priviléxios. Suprimido pelos “Junkers”, o Código, na sua condiçón de derrotado, continuou a fomentar a batalha do espírito liberal e nacionalista contra as forças da Santa Aliança. Nesse ambiente nasceu e cresceu Marx, nessa Renânia submetida ao rexíme feudal, mas que era, ao mesmo tempo, a mais burguesa e ilustrada de toda a Alemanha, isto é, a rexión que, por ser mais consciente, sofría mais o domínio caprichoso dos príncipes e o obscurantismo da sua aliada a Igrexa.
josé manuel bermudo
Esta entrada foi publicada en Uncategorized. Ligazón permanente.
