.
A sintaxe era primordial; as concordâncias sobre tudo, ou sexa, a correlaçón de tempos nos largos períodos de oraçóns subordinadas que nos obrigavam a construir. Non sei de onde lhes vinha aquela obsesón polas concordâncias. Había um professor que a tinha tomado com o anacoluto. Cometer anacoluto era pior que cometer pecado de sodomía. Había enteira liberdade para escreber sobre o que quixéramos; desde os milagres de algúm santo ou algunha virxem, até à descripçón das vacas apacentando nos prados. Daba igual o bucólico que o relixioso. Nisto, os curas eram “de puta madre”, expresón que unha vez me acarreou um suspenso quádruple: em Disciplina, por saltar as normas; em Urbanidade, por mal falado; em Piedade, por irreverência; e em Aplicaçón, por tela dito em tempo dedicado ó estudo. Só faltou que me suspenderam em Língua, por concordar puta com madre, que a todas luces, é unha irregularidade, non só moral, senón gramatical: anacoluto perverso. Decía pois que, nisto, os curas eram “puta madre”, pois o mesmo lhes dava “Os milagros de Nossa Senhora” de Berceo, que “As Florinhas”, de San Francisco de Asís, o Irmán Lobo, a Irmán Vaca, ou outras irmandades. Ás vezes había um “Totum Revolutum”, de padre e senhor meu, é dicer, que se confundíam os cús com as têmporas. Têmpora é unha palabra que o professor de Latim usaba como armadilha para cazar incautos nos exámes. Têmpora é plural de “Tempus-Temporis”, um substântivo neutro da terceira declinaçón que significa tempo. O normal, quando o muito ladino soltaba a palabra, era traducí-la por tempos. Mas, em plural, também significa tésta. E o malandro tinha preparada a encerrona, trazendo antes a colaçón unha cita que decía “oh têmpora oh mores” (oh tempos aqueles, oh costumes). Había que andar com mil olhos para averiguar o contexto, se o “têmpora” de marras, era tempos ou parietais. Quando na composiçón de castelán, tocaba poesía também era muito divertido. O tema era libre e a modalidade obrigada. Tocaba quase sempre soneto ou românce, e, às vezes, “oitava real”, ou “silva”, ou “coplas de pé quebrado”, como as de Jorge Manrique que, por “güevos”, tinha que aprender-se de memória. O de “por güevos”, também me custou outro desgosto parecido ó “de puta madre”. Sem vir ó conto, chegaba um día o professor de Literatura e soltaba, a ver, fulano, ¿Sabes as coplas de Jorge Manrique? Um desses días que suspeitabas iban saír as famosas “Coplas”, mentras empezaba a classe, perguntarom-me algúns companheiros se eu as sabía. E respondín: “que remédio, por güevos”. Com tán mala sorte que xusto nesse momento passava ó meu lado o cura, e quedou-se com a copla. Sacou-me ó estrado, e começou dicendo: “Recuerde el alma dormida, avive el seso y despierte” e invitou-me a continuar. Dixe-nas de “carrerilha”, e de um tirón. Todos quedaron boquiabertos e caribobos. O professor non me puxo um cero em Urbanidade e Conducta; mas tampouco me deu um dez em Literatura. Ou sexa, que algo me descontou polo taco. Non há dereito, consolaban-me os meus melhores amigos, com o bem que o fixéches. Aflorabam xá importantes, pequenas rebeldías; e insubmisóns, por outro lado, também significativas. No 4º e 5º, algúns comezaróm a sacar os pés dos estribos e a disentir de muitas cousas. Entre 5º e 6º parecía haber desbandada. A criba era criminal: iba decir que “non passaba nem Deus”, em parte pola dureza dos exámes e em parte pola tibieza relixiosa. Mas isso non sería exacto. A verdade é que os cursos de Filosofía seguiam nutridos, em boa medida, ademais dos alunos de Pallantia, com elementos procedentes de outros seminários, e polo que chamamos as vocaçóns tardías. O que mais temíamos das composiçóns literárias era o soneto. E o que menos, o românce que, com o seu sonsonete de rimas asonantes e o soniquete de octosílabos, estaba tirado. Nos sonetos había quém non passaba do primeiro quartecto e outros que de sonetos non tinham nada. O endecasílabo era verso mais punheteiro que o octosílabo. E non polas once sílabas e as rimas consoantes, senón polos acentos que determinam o seu ritmo e a sua estructura interna.
javier villán e david ouro
Publicado en Uncategorized