BERGSON (SABER O QUE O “DEPOIS” ACRESCENTA AO “ANTES”
.
Talvez sexa possível sintectizar do seguinte modo a filosofía da duraçón, “nada surxe do nada” (caso contrário, qualquer cousa sería possível e perderíamos todo o rigor explicativo), “mas o “depois” acrescenta algo ao “antes” que non estava contido nele”. Como é isso possível? Devido à natureza cumulativa e criadora do tempo, que non se pode assimilar a unha deduçón lóxica (se A, entón B; A, logo B) nem a unha suma linear (2 + 2 = 4). O tempo real aumenta ou diminui na sua produçón de novidade, mas non se conserva idêntico a sí próprio como o espaço: “é invençón ou non é absoluctamente nada”. Non é um leque que mostra o mesmo bordado independentemente da velocidade a que o abrimos; é unha orquesta cuxo tempo influi profundamente na peça que produz. E, tal como o esforço que luta por tirar de si mais do que tinha antes. é irreversível. Bergson parte de unha definiçón “psicolóxica” do tempo baseada, portanto, no modo que temos de o experimentar interiormente. Mas non permanece fechado nessa definiçón, estendendo-a, por analoxía, à totalidade do universo. Há unha boa razón para isso. Na sua opinión, é possível passar gradualmente de um tempo psicolóxico a um tempo físico, mas xamais conseguiremos fazê-lo ao contário. Daí que sexa preferível partir do mais complexo: se non se tiver em conta a consciência no início, non a encontraremos mais tarde, ficando assim por explicar unha série de fenómenos relevantes. Como veremos, isto non tem importância se pretendermos conhecer o mundo cientificamente. mas tem, e muita, se pretendermos fazê-lo através da filosofía, que se torna, entón, metafísica. A “metafísica é a experiência total”. O imprevisível, portanto, non procede de unha limitaçón do nosso entendimento que um Deus ou demónio omnisciente pudesse corrigir, mas da indeterminaçón tomada como princípio verdadeiro do real. Mais especificamente, procede de unha das duas tendências que o habitam: a que caracteriza o vivente (o consciente, pois a consciência é coextensiva à vida) face ao inerte.
antonio dopazo gallego
Esta entrada foi publicada en
Uncategorized.
Ligazón permanente.