BERTRAND RUSSELL (A FILOSOFÍA ANALÍTICA)
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Bertrand Russell quis tanto compreender o seu mundo e o seu tempo como transformá-lo. Todas as suas actividades son rexídas por esta inquietaçón em entender o seu sentido, xustificaçón e verdade. A sua obra “Os Problemas da Filosofía” começa com unha pergunta que o define: “Existe algum conhecimento no mundo tan firme e seguro que nenhum home razoável o possa questionar?” Esta pergunta está presente em toda a sua traxectória filosófica, nas suas conquistas e frustraçóns, e nas alteraçóns que sofreu com o tempo. Para Russell, compreender é vislumbrar as razóns que suportam unha ideia, e conhecer as razóns implica reconstruir o edifício no qual se apoiam. Esta paixón conduziu-o a um estilo de indagaçón lóxica, matemática e linguística que hoxe conhecemos como filosofía analítica. Efectivamente, apesar de toda a controvérsia em torno das conquistas particulares da filosofía de Bertrand Russell, non se pode negar que foi um dos criadores da análise filosófica. Xuntamente com o alemán Gottlob Frege e o também inglês (e amigo de Russell) George Edward Moore, deu início a um modelo de filosofía que determinou o pensamento contemporâneo. Na “Filosofía do Atomismo Lóxico”, afirma: “Filosofar correctamente consiste sobretudo, na minha forma de ver, em passar das cousas imediatamente manifestas, imprecisas e ambíguas, e ao mesmo tempo daquelas em que nos sentimos relativamente seguros, a algo preciso, claro e definitivo, que, graças à reflexón e à análise, descobrimos estar envolvido na imprecisón de que partimos, o que constitui, por assim dizer, a autêntica verdade de que tal imprecisón era unha espécie de sombra.” A filosofía e a vida de Lorde Bertrand Russell son inconstantes e estáveis. “Eadem mutata resurgo” (“Modificada, ressurxo a mesma”), defendeu Jacques Bernoulli (1654-1705, matemático suíço, membro de unha ilustre família de cientistas, os Bernoulli), que viveu enredado na espiral logarítmica. A mesma frase pode ser aplicada às duas dimensóns de Russell. Mudou várias vezes de filosofía (era acusado de tirar da manga um sistema filosófico de tempos a tempos), e também de profisón: começou por ser matemático, trocou a matemática pela filosofía académica, abandonou a filosofía académica para se dedicar à divulgaçón e à vida de conferencista, para regressar à universidade e mais tarde à vida pública. Porém, em todas estas mudanças Russell manteve um mesmo desexo de verdade, de tolerância e de racionalidade tenáz.
fernando broncano
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