JÜRGEN HABERMAS (INICIAÇÓN AO PENSAMENTO)
.
Jürgen Habermas (Düsseldorf, 1929) é um clássico vivo. É non só um filósofo como um pensador interdisciplinar na melhor tradiçón da Teoría Crítica, unha corrente intelectual que vinculou a reflexón filosófica às ciências sociais. Desde o início da sua actividade que procurou ligar de diversos modos a teoría à práctica e dedicou a sua obra, prioritariamente, à ética, à política e ao direito, isto é, à dimensón normativa que deve guiar a acçón humana. Habermas entronca nos filósofos-chave da filosofía alemán. Kant é, assim como Hegel, fundamental como inspiraçón de toda a sua obra. Habermas aborda as tensóns entre estes dois grandes sistemas do idealismo alemán com o propósito de actualizar a tradiçón, transformando-a a partir da consciência linguística. A sua filosofía fundamentar-se-á na acçón e na racionalidade comunicativa intersubxectiva. Sería impossível compreender a filosofía da segunda metade do século XX sem ler Habermas. O seu carácter polemista levou-o a questionar todas as correntes actuais da filosofía. Para assinalar apenas três das mais relevantes, refiram-se a hermenêutica, a filosofía analítica e o pós-modernismo. Além disso, mediando entre a teoría e a práctica, non deixou de absorver os avanços nas ciências sociais assím como de rever, em especial, a tradiçón sociolóxica a partir das suas orixens em Marx, Durkheim e Weber. As suas propostas promovem a radicalizaçón do ideal democrático no debate com o liberalismo, o comunitarísmo ou o multiculturalismo. Destacam-se, no seu proxecto filosófico-político, a defesa da Europa e do cosmopolitismo e o seu compromisso com os direitos humanos. E a sua traxectória teórica de mais de seis décadas aínda non terminou. Nesta obra, relataremos a sua convícta aposta na democracia. O que nos propomos non é unha introduçón exaustiva à obra habermasiana – há estudos que o fazem e com grande pormenor, os quais recomendamos na bibliografía – mas unha iniciaçón que indica as chaves principais do desenvolvimento do seu pensamento ético e político. No labirinto da obra habermasiana – libros, artigos, capítulos em obras colectivas, conferências e entrevistas – , vamos empreender o caminho seguindo aquele fío de Ariadne que nunca desaparece: o da defesa intransixente da democracia como ideal moderno non apenas político, mas também ético e civilizacional. A deliberaçón, o chamado Discurso, em que confrontamos os melhores argumentos e deliberamos para tentar atinxir consensos, é o eixo que articula a sua proposta para as disciplinas normativas: a ética, a política e o direito. Habermas é, antes de mais, um “deliberacionista”. A polémica, o debate, a controvérsia son o motor da sua maquinária teórico-práctica. Os seus obxectivos prioritários e motivos impulsionadores da sua traxectória son dous: garantir as condiçóns para que os espaços e tempos das deliberaçóns sexam possíveis e igualitários com o fim de tornar efectivo o uso público da razón; e garantir a inclusón democrática, isto é, que estexam representadas todas e todos os afectados pelos assuntos em deliberaçón. Habermas é um democrata radical.
maría josé guerra palmero
Esta entrada foi publicada en
Uncategorized.
Ligazón permanente.