SOCIALISMO E CAPITALISMO SON IGUAIS SE SE TORNAREM REXÍMES DIRIXISTAS.
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O socialismo e o capitalismo edificaram-se como sistemas que minimizam o “desexo”, a carga libidinal que motiva a acçao humana, a qual se reprime nas sociedades de controlo exaustivo das vidas. O erro do capitalismo é igualar “desexo” e “consumo”, e reduzir outras esferas muito mais importantes da vida humana. Deste modo, muitos indivíduos rexeitam o sistema de vida imposto e sentem-se como autênticas anomalias dentro do esquema de vida pensado para eles: “educar-se para trabalhar”, “trabalhar para consumir”, “consumir para ser feliz”. Por isso, reclama-se a relevância de libertar o desexo além da prisón da lei do valor de troca, do fetichismo da mercadoria, onde a felicidade se entende a partir da posse de obxectos materiais. Porém, Lyotard, cuxo obxectivo principal é a libertaçón do desexo, tropeça com unha possível aporia: para que o nosso modelo de vida suxerido non se torne um absolucto igualmente autoritário, a sua alternativa (aquela que accionar o desexo) deve ficar definida de unha forma abstracta e imprecisa. Portanto, com base nisso, é possível colocar questóns como as seguintes: ainda podemos confiar nas organizaçóns políticas? Será que unha política de esquerda (entendida como antiautoritária, emancipatória, libertária, etc.) non acaba por ser opressiva ao articular-se num determinado rexime normativo? Está condenada a desaparecer “a política de esquerda” para evitar trair-se a si própria? Esta dificuldade leva o filósofo françês, em textos como “Nanterre, aquí, agora”, a suxerir a necessidade de articular acçóns non programadas, expontâneas, do “acontecimento” (um “relâmpago” que modifica o destino do espaço-tempo estabelecido), que, na práctica, leva a defender unha revoluçón interminável e contínua, o que promove unha estabilidade instável de um sistema litixioso que, permanentemente em desacordo se pon em xogo revelando as formas autoritárias de ser, pensar ou comportar-se. A organizaçón racional, o cálculo, a previsón, como práctica revolucionária, integra as estratéxias mais reconhecidas dos sistemas disciplinares de que pretende escapar. Portanto, a lóxica revolucionária deve ser imprecisa, difusa, disposta a actuar em qualquer momento ou lugar. A partir destes obxectivos expostos esquemáticamente, devemos entender o fundamental de Lyotard , que associa Marx e Freud revendo as suas concepçóns de maior relevo. A metodoloxia de investigaçón que se suxere para o estudo de Marx e Freud, e a partir de agora para todos os seus temas de reflexón, non poderá ser nem a científica de cariz positivista, nem a dialéctica determinista (que subxuga tudo o que existe num processo unitário), unha vez que estas pretendem encontrar a verdade obxectiva que explica os fundamentos, as essências ou as características necessárias do seu obxecto de estudo. Esta actitude aproxima a ciência da relixión, pelo que verdade e dogma ficam estreitamente ligados. Por isso, propon-se, por outro lado, levar a cabo unha “deriva”. Só assim lhe parece possível escapar á lóxica do poder-saber.
teresa oñate e brais g. arribas
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