NIETZSCHE (O SUPER-HOME E A VONTADE DE PODER) (2)

.

               Após unha vida em que quase non obteve reconhecimento, Nietzsche morreu em 1900, data simbólica que abre passaxem à sua indiscutível influência no Occidente durante todo o século XX e o que xá decorreu do século XXI.  A sua marca é  visível, obviamente, na filosofia contemporânea (em Wittgenstein, Heidegger, Foucault e num interminável etc…), mas também na arte (em Kandinsky, Joyce, The Doors…), na política (na apropriaçón ilexítima das suas ideias por parte do fascismo italiano e alemán, por exemplo) e na cultura em xeral (Nietzsche é considerado um dos pais do pós-modernismo, a corrente de pensamento  dominante há xá algunhas décadas).  Paralelamente, alguns dos conceitos nietzschianos (como o super-home ou a morte de Deus) propagaram-se além das faculdades da filosofía.  E, no entanto, perante semelhante popularidade, alguns de nós non conseguimos evitar franzir o sobrolho e perguntar: o que aprendemos realmente do seu pensamento?  Ter-se-há cumprido o vaticínio do próprio Nietzsche, que se considerava um pensador necessariamente póstumo, condenado “ao manhán e ao despois de manhán”?  Non será, por outro lado, que o seu êxito se deve – como diria Cioran – a “um mal-entendido”?

toni llácer

Deixar un comentario