QUE NADA SE SABE (7)

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               Isto, polo que se refere a “hábito”, e agora, ¿Que é isso de demonstraçón?  Voltarás a defini-la así:  siloxismo que enxendra ciência.  Incorreste em círculo, e por isso enganaste-me e enganaste-te a tí mesmo.  Mas ¿que é siloxismo?  ¡Admirável!  Empinas as orelhas, soltas as redeas à fantasía, pois talvez non poida abarcar tantas palabras.  ¡Quan subtíl, quan vasta, quan difícil é a ciência dos siloxismos!  Que dúvida cabe de que a ciência dos siloxismos é fútil, vasta, fifícil e nula.   ¡Ah!  Blasfemei.  É verdade, porque dixem a verdade.  Entón mereço ser lapidado.   Tú, em câmbio, apaleado, xá que enganas.   Pois a ignorância fai-se acreedora na certa medida ó perdón; a falácia, ó castigo.   Vamos ver:  proba que o home é “Ente”.  Dices así: “o home é substância, esta é “Ente”, logo o home é “Ente”.  Duvído do primeiro e também do segundo.   Tú probas: “o home é corpo, este é substância, logo o home é substância”, duvído tamém de ambas cousas.  Dís:  “o home é vivente, este é corpo, logo o home é corpo”.  Também duvído dessas igualmente:  “o home é animal, este é vivente, logo o home é vivente”.  ¡Deus soberano, que retaínha, que fárrago, para probar que o home é “Ente”!  É mais obscura a proba que o que se quere probar.  Ademais, nego que o home sexa animal. ¿Que vás decir?   E non há mais xéneros.  ¿A onde fuxirás?  Á definiçón de animal, que é “vivente capaz de mover-se e sentir”; “tal é o home”.  Nego ambas cousas.  Sigue: “vivente é um corpo que se nutre tal é o animal, logo…  Próba-o.  “Corpo é unha substância que consta de três dimensóns, o vivente é tal, logo…”. Ambas cousas son falsas, “Substância é Ente” “per-se”, corpo é isso, logo…”   Também me gostaría que se probá-se isto.  Xá non podes mais ¿Que é, ó fim, o “Ente”?  Non o sabes, como antes.  ¿Que consegui-ches com estes siloxismos?  Non probá-ches que o home é “Ente”, e isso é o primeiro que eu tinha pedido.  Mas ainda: xá baixando, xá subindo por essa linha tua para acercar-me áquel alto “Ente”, pondo-te em gravíssimo perigo – e a mim no temor – de que, ó cair, quedaras todo em anácos e, se me tivéras pilhado debaixo, tamém a mim.  Mas deixá-ches a questón, em definitiva, tán duvidosa como estava antes, se non mais.  É isso que em todo momento che parecia que probavas somente as primeiras proposicóns, por que as segundas nin sequera as tocas-te.  Que se houberas probado as primeiras e tivesse-mos passado para as segundas, néstas estarías mais desconcertado.  ¿Por que, pois, me enganas com essas tuas retainhas de palabras?

francisco sánchez

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