O SER HUMANO É BIDIMENSIONAL, VIVE NA VONTADE E NA REPRESENTAÇÓN (46)

.

NON DISTINGUE ENTRE CORPO E ALMA OU MENTE               .

               Schopenhauer é monista ou antidualista na sua visón do corpo e do seu princípio de animaçón ou enerxia.  Non distingue entre corpo e alma ou mente, mas expón um contínuo indivisível corpo-vontade.  A vontade non é algo que primeiro desexe e depois orixine um movimento ou unha pulsón no corpo.  O querer é a dimensón interna da acçón ou pulsón, non é unha causa temporalmente ou loxicamente anterior a elas.  A acçón do corpo tem dous aspectos: um interno (o que recebemos na nossa representaçón cerebral, xá ao nível do fenoménico).  Mas estes dous aspectos formam parte de um único feito.  A consciência está no cérebro (corpo) e non pode existir fora dele: quando o corpo perece, a consciência individual desaparece.  A razón como funçón cerebral responde a necessidades biolóxicas, físicas.  Este monismo é decisivo para compreender a filosofia schopenhaueriana.  O querer é ao mesmo tempo físico e metafísico, o corpo físico é vontade metafísica.  O aspecto físico coloca o ser querente (corpo) no plano fenoménico, o aspecto do desexo coloca o ser corporal no plano numénico.  Ambos os aspectos se coimplicam, pressuponhem-se, están correlacionados um com o outro, como o están também o suxeito cognoscente e o obxecto conhecido. Assim toda a acçón do corpo é um acto de vontade, mas non no sentido em que haxa unha relaçón causa-efeito entre o segundo e o primeiro;  a vontade non ordena (como causa) que o corpo realiza unha acçón (como efeito), a vontade (o querer metafísico) está em cada acçón do corpo.  Se existisse unha relaçón de causalidade, poderiamos pensar a vontade, mas ao pensá-la regressaríamos (pelo buraco do verme) ao âmbito da representaçón, xá non a experimentaríamos directamente.  O suxeito vive-a de um modo muito distinto. (…)  O ser humano é bidimensionalidade, vive na vontade e na representaçón.  É, para si mesmo, vontade e representaçón.

 

joan solé

Deixar un comentario