O BURACO DE VERME (44)
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A física que postula a existência de diferentes universos paralelos introduz unha ideia que parece criada à medida para explicar o “pensamento único” de Schopenhauer. Um buraco de verme é um túnel que liga dous pontos do espaço-tempo ou dois universos paralelos. Ficou assim conhecido pola analoxía com o buraco que um verme faz dentro de unha mazán para ir de um lado ao outro em vez de deslizar pela sua superfície. Os buracos de verme son atalhos na malha do espaço-tempo, tendo unha entrada e unha saída em planos diferentes do espaço-tempo. Unem dous pontos remotos e permitem transitar entre eles mais depressa do que se se percorresse o universo à velocidade da luz. Até agora, nunca ninguém viu um buraco de verme, nem demonstrou a sua existência, mas os matemáticos dizem que, em teoria, són possíveis, tal como a existência de universos paralelos. É importante reter a ideia do “buraco de verme” para compreender um quarto tipo de conhecimento situado num plano diferente dos outros. Entre este e os três, existe unha diferença substancial, non de grau, mas tan grande que se pode falar perfeitamente de “salto quântico”. Non é exterior nem derivado, como os três anteriores (factos empíricos captados na intuiçón sensível, verdades matemáticas captadas na intuiçón pura e conceitos construídos pela razón). O quarto tipo de conhecimento, o “buraco de verme”, consiste em que um ser individual intua (non pense conceptualmente) no seu interior as causas, razóns ou motivos das suas próprias acçóns, a fim de tomar unha consciência directa, non conceptual, do que opera na sua dimensón interna ou numénica e, assim, descobrir a essência íntima do seu próprio ser. (…) A interiorizaçón conduz-nos do mundo fenoménico ao mundo numénico. É como se transitássemos entre dous universos diferentes e paralelos. O grande achado metafísico de Schopenhauer é o “buraco de verme” que permite deslocar-se entre o universo fenoménico, o mundo como representaçón, e a enigmática “cousa em si”. (…) A essência é o desexar: a realidade fundamental do ser é o facto de querer. A este desexar, Schopenhauer chama “vontade” (Wille) e vê-o como fundamento ontolóxico de tudo. Passamos da teoría do conhecimento à metafísica.
joan solé
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