AS FUNÇÓNS CEREBRAIS (41)
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Em suma, Schopenhauer aceita a totalidade da teoria do conhecimento kantiana, com três modificaçóns substanciais: Reduz as doce categorias a unha básica, o princípio de causalidade ou “princípio da razón suficiente”. Assinala que, dada a correspondência simétrica entre suxeito e obxecto, que son duas faces da mesma moeda, espaço, tempo e causalidade están também no obxecto. A matéria, enquanto termo da percepçón, é portadora dessas três estructuras. Transforma o enquadramento ou a base das faculdades, Kant cinxe-se ás funçóns ou capacidades que componhem a “faculdade de conhecimento”, sem as associar a algo físico. Pelo contrário, Schopenhauer refere-se a um organ muito concreto, o cérebro. Este organ, com o apoio do sistema nervoso, transforma-se na sede da consciência, onde se organizam as representaçóns orixinadas pelo etendimento ou intelecto (que produz conhecimento intuitivo, percepçón sensível) e os conceitos produzidos pela razón (criadora do conhecimento abstracto). As funçóns cerebrais ocupam o lugar das etéreas faculdades kantianas. O conhecimento, compreendido como representaçón, passa a ser, em Schopenhauer, “um processo fisiolóxico muito complexo no cérebro de um animal” (MVR2, 214); este organ tem as suas funçóns próprias, tal como o estômago se encarrega da dixestón e o fígado da segregaçón da bílis. Schopenhauer dá um cariz biolóxico, fisiolóxico e materialista á teoría do conhecimento, tan abstracta em Kant. A faculdade do conhecimento, segundo Schopenhauer, está estructurada da seguinte forma; há um entendimento ou intelecto que percebe o mundo empiricamente, de um modo que o ser humano partilha com os animais. O que o distingue deles é a capacidade de separar as percepçóns dos conceitos e de os combinar através do raciocínio. Este segundo nível, da razón, é uha funçón cerebral exclusivamente humana e é a que permite cultivar a ciência e a filosofia.
joan solé
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