Categorías
Arquivo
- Agricultura Alimentación Anonymous Arquitectura Astronomía Blogs para curiosear Bos desexos Cerebro Cine Darío e Breixo Economía Educación Frutais Futuro Historia Humor Indignados Libros Lingua Literatura Medios de comunicación Monte Comunal Natureza Poesía Política Procomún Publicidade Sidra Socioloxía Software libre Tradicións Viaxes Xadrez
Os nosos blogs
Arquivos diarios: 19/12/2017
AS MEMÓRIAS DE MANUEL DA CANLE (9)
Os de Uma. Agresón. Unha triste noite do mes de Outubro de 1904 em que a Providencia divina nos daba sentimentos, a noite escura, o vento soprava assombrossamente por vezes, eu polo día tinha ido á festa a San Lourenzo, na que rifavan unha toura, e houvo unha zaragata com Avelino, xá nombrado, e por culpa del tamém me metin eu, tinha vários a meu favor. Despois fun a Guillade d’arriba ó seran, onde estaban os de Uma, dixeron que os acompanhase-mos ao serán d’abaixo, e de repente os de Uma a pelear… esta mesma noite ó dormir implicou comigo o Spírito inmundo, eu sentia-me com as penas arriba ditas, e ademais levantei-me sentido unha dor no brazo dereito, mas o que me causou mais afliçón foi tirar polos pelos do brazo e arrincá-los pola raiz sem sentir nada, e um sonho aterrador. Adivinha, primeira vez. No mesmo día vintinove saín a um viaxe polas nove e vinticinco, com a intençón de consultar… Fún polo Pedroso até Fontán seguindo a Queimadelos, todo o dia botei arredor da casa, até que ela me viu casualmente, eran as quatro da tarde quando me dixo o seguinte: Sai um cargo de almas que há que cumprir e parece que é um home que che aparece em sonhos, teis o corazón aberto, fai-che falta uns evanxélios e tomar medicinas feitas na casa ou manda-las facer, um primeiro día pola cabeza, etc… “son estas as palabras mais importantes que me dixo; no outro día xá estaba melhor. O dous de Novembro de 1904 atopaba-me inchado, despois de me levantar encontrei-me com um cansaço, floxo de forzas, nervos, e todo estéril, polas duas da tarde, comim algo, assaltando-me logo unha diarreia e um sono espantoso; O día sete de Novembro de 1904 pola manhan levantei-me da cama com unha pequena dor nas costelas, polas once e vintitrês do dia tinha-me passado, tiven mil sonhos malos, o oito assaltou-me unha grande dor de dentes, acto seguido atacou-me a cabeza, e fun-me deitar, alá pola alta noite vem o Spírito malo inquietar-me, ainda que non foi tanto como outras vezes, mas toda a noite estiven sonhando cousas malas, sonhos malos, de todos eles só me acorda o seguinte: estava sonhando que a minha nái estava dentro do eido (xunto dos loureiros) chorando com unha tremenda dor de cabeza, sentada encima do mato, movendo-se e balanceando-se, e falava cousas que non me acordan, despertei e era muito cedo, voltei a dormir, e levantei-me polas oito da manhan, logo a minha nái dixo que non se podia levantar, mas por fim levantou-se polas 11,30 e alá foi cabar para o sítio onde eu sonhara com ela.
manuel calviño souto
Publicado en Uncategorized
AS FUNÇÓNS CEREBRAIS (41)
Em suma, Schopenhauer aceita a totalidade da teoria do conhecimento kantiana, com três modificaçóns substanciais: Reduz as doce categorias a unha básica, o princípio de causalidade ou “princípio da razón suficiente”. Assinala que, dada a correspondência simétrica entre suxeito e obxecto, que son duas faces da mesma moeda, espaço, tempo e causalidade están também no obxecto. A matéria, enquanto termo da percepçón, é portadora dessas três estructuras. Transforma o enquadramento ou a base das faculdades, Kant cinxe-se ás funçóns ou capacidades que componhem a “faculdade de conhecimento”, sem as associar a algo físico. Pelo contrário, Schopenhauer refere-se a um organ muito concreto, o cérebro. Este organ, com o apoio do sistema nervoso, transforma-se na sede da consciência, onde se organizam as representaçóns orixinadas pelo etendimento ou intelecto (que produz conhecimento intuitivo, percepçón sensível) e os conceitos produzidos pela razón (criadora do conhecimento abstracto). As funçóns cerebrais ocupam o lugar das etéreas faculdades kantianas. O conhecimento, compreendido como representaçón, passa a ser, em Schopenhauer, “um processo fisiolóxico muito complexo no cérebro de um animal” (MVR2, 214); este organ tem as suas funçóns próprias, tal como o estômago se encarrega da dixestón e o fígado da segregaçón da bílis. Schopenhauer dá um cariz biolóxico, fisiolóxico e materialista á teoría do conhecimento, tan abstracta em Kant. A faculdade do conhecimento, segundo Schopenhauer, está estructurada da seguinte forma; há um entendimento ou intelecto que percebe o mundo empiricamente, de um modo que o ser humano partilha com os animais. O que o distingue deles é a capacidade de separar as percepçóns dos conceitos e de os combinar através do raciocínio. Este segundo nível, da razón, é uha funçón cerebral exclusivamente humana e é a que permite cultivar a ciência e a filosofia.
joan solé
Publicado en Uncategorized

